Entenda a Manobra Escolar 2013
O Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), por intermédio de suas Diretorias e Estabelecimentos de Ensino, realizou no período de 4 a 14 de novembro, a Manobra Escolar 2013, na Academia Militar das Agulhas Negras, Resende-RJ.
Com a evolução da Doutrina Militar Terrestre, o exercício militar se modernizou, sendo caracterizado o conflito de 4ª geração, com atuação em amplo espectro, combate não-linear e assimétrico. Houve a oportunidade de integração entre os alunos dos diversos cursos de formação de oficiais e sargentos, com o emprego das unidades constituídas em operações de estabilização e apoio, operações de informação, evacuação de civis, operações interagências, assistência humanitária e ações cívico sociais, dentre outras.
Inserido neste novo contexto do combate moderno, o DECEx conduziu a Manobra com o emprego de cerca de 3.500 militares, 257 viaturas, sendo 50 blindados. Contou com grande variedade de meios dos quais se destacou a utilização de aeronaves de asa móvel (helicópteros) Equilo e Jaguar, da portada Ribbon Bridge, do sistema C2 em combate, o emprego de militares especializados em Comunicação Social e Correspondentes de Guerra junto às unidades de manobra constituídas, demonstração de força, dentre outros.
Para a Manobra Escolar 2013 foram criados os países Marron, Verde, Cinza e Azul. A Força Terrestre Componente (FTC) foi estruturada com unidades operacionais escolares, permitindo a integração entre os discentes dos diversos estabelecimentos de ensino de formação e especialização de oficiais e praças do Exército Brasileiro.
O exercício foi planejado em 4 fases. Na 1ª fase da manobra ocorre a concentração estratégica dos meios da Força Terrestre Componente (FTC) na região da fazenda Boa Esperança.
Em uma 2ª fase, houve o investimento na Área de Operações (AOp) com a 42ª Brigada Blindada (42ª Bda Bld) realizando uma Marcha para o Combate (M Cmb), a Força Tarefa Aeromóvel (FT Amv) 84ªBIL/8ª Bda Inf L executando infiltração aeromóvel para destruir Defesa Antiaérea inimiga e o 5º Regimento de Cavalaria Mecanizado (5º R C Mec) na cobertura de flanco, face à atuação de organizações criminosas do país Cinza.
A 3ª fase se caracterizou por operações de Estabilização e Apoio com a finalidade de estabelecer o controle da área terrestre, de manter as plenas condições de funcionamento da Usina Hidrelétrica (UHE) Binacional e de reprimir delitos transfronteiriços e ambientais em coordenação com órgãos do Poder Executivo.
Por fim, na 4ª fase, a FTC conduziu operações de assistência humanitária para apoiar a população da Área de Operações atingida por chuvas e deslizamentos de terra. Tudo sob a supervisão do Organismo de Segurança Regional (OSR).
Em todas as fases, ocorrerá o emprego dos elementos de apoio logístico, de saúde, de engenharia, de aviação, de comunicação social e das demais Organizações Militares apoiadoras, contribuindo para a integração das armas, quadro e serviços.
Neste quadro de emprego operacional, o DECEx proporciona aos seus militares condições de atuarem inseridos numa manobra moderna, preservando-se na vanguarda do emprego da doutrina militar terrestre.
FTC investe na Área de Operações
Na manhã de 5 de novembro, a Força Terrestre Componente (FTC), após concentração estratégica de seus meios na faixa de fronteira entre o país Azul e Verde, investiu na Área de Operações (AOp) com a 42ª Brigada Blindada (42ª Bda Bld) realizando uma Marcha para o Combate (M Cmb), a Força Tarefa Aeromóvel (FT Amv) 84ºBIL/8ª Bda Inf L executando infiltração aeromóvel para destruir Defesa Antiaérea inimiga e o 5º Regimento de Cavalaria Mecanizado (5º R C Mec) na cobertura de flanco, face à atuação de organizações criminosas do país Cinza.
A AOp caracterizou-se por ser por ser um ambiente operacional característico do conflito de 4ª geração.
A Operação teve por objetivo restabelecer a ordem e neutralizar as ações do Exército de Retomada Verde (ERV), garantiu as necessidades humanitárias da população Azulverde, residentes em Verde, a manutenção das autoridades locais, a integridade do patrimônio público e o funcionamento dos serviços públicos essenciais.
84º Batalhão de Infantaria Leve estabelece defesa de infraestrutura estratégica
Durante a Manobra Escolar 2013, a Força Tarefa Aeromóvel (FT Amv) do 84º Batalhão de Infantaria Leve (84º BIL), realizou uma infiltração aeromóvel na noite do dia 08, com a finalidade de estabelecer uma defesa de infraestrutura estratégica na área da Usina Hidrelétrica Binacional, localizada no Departamento das Agulhas Negras.
Com esta ação, a Força Terrestre Componente retoma a área que estava sob controle do Exército da Retomada Verde, além de restabelecer e manter o pleno funcionamento da usina.
A missão se enquadra dentre as operações de estabilização e apoio para controle de área terrestre, caracterizando o combate moderno de 4ª geração, com atuação em amplo espectro, combate não linear e assimétrico.
Comandante da FTC faz videoconferência com o Cmt da 8ª Bda Inf L
Na noite de sábado 9 de novembro, na 3ª fase da Operação Agulhas Negras – estabilização e apoio – o comandante da Força Terrestre Componente (FTC) realizou uma videoconferência com o comando da 8ª Brigada de Infantaria Leve (8ª Bda Inf L), em operações na região da represa do Funil.
O Cmt FTC se inteirou das ações que a 8ª Bda Inf L desenvolvia naquele momento. A Bda informou que com o 84º BIL invadiu uma refinaria de cocaína existente próxima à represa do Funil e que realizou um Posto de Segurança Estático (PSE) na área da represa.
A videoconferência utilizou a tecnologia 3CX, com recursos de voz e imagem sobre IP (VOIP) para transmitir a conversação. O sistema proporciona uma comunicação segura, pois a rede não se encontra conectada a rede mundial de computadores (internet). Uma rede militar de enlace foi utilizada, chamada Sistema Tático de Comunicações (SISTAC), que permite ao Cmt FTC transmitir áudio, intranet e telefone de maneira segura às unidades que se encontram em combate na área de operações.
Fonte: Curso de Comunicação Social
Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias