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EB apresenta Sisfron e detalha operação de vigilância forte na fronteira

Marcelo Varela / Diário Digital


O Exército Brasileiro apresentou hoje em Campo Grande detalhes do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron), que será lançado oficialmente no próximo dia 13 de novembro em Dourados, no Centro de Operações do Comando Militar do Oeste (CMO).

O sistema é um projeto comandado pelo Exército, com amplitude nacional com instalação de bases móveis, radares, sensores, comunicação integrada e criptografada, desenvolvimento de softwares e infraestrutura para monitorar e vigiar 16.886 quilômetros na faixa de fronteira, abrangendo 588 cidades no Brasil, em 11 Estados.

Conforme o general de brigada de Exército e gerente de implantação do sistema no Centro Oeste, Elias Martins, o Sisfron que já em fase de execução inicial e projeto piloto em Mato Grosso do Sul terá uma grande importância no que tange a vigilância na região de fronteira.

“Não temos muro. Nosso muro será virtual e a nossa parede será o peito de cada policial, de cada soldado, de cada agência fiscalizadora, que tem condições e dever de proteger a nação brasileira”, declarou.

De acordo com o general Juarez Aparecido de Paula Cunha, comandante do CMO, com o inicio do Sisfron, os sul-mato-grossenses perceberão as atividades através da movimentação dos órgãos envolvidos, principalmente do Exército.

“O início das operações do Sisfron ficarão mais perceptíveis com os atuadores do Exercito, nossa tropas fazendo concentrando postos de controle de trânsito, fazendo deslocamentos para ocupação de pontos, que não são fixos, e no trabalho junto com os demais órgãos de segurança, como PRF, PF, órgãos estaduais.

Essa percepção acontecerá neste sentido. Estaremos desenvolvendo várias operações, muitas vezes de caráter especial. O que vai se perceber em decorrência disso é uma sensação de segurança”.

O combate ao crime organizado terá uma grande ajuda com a implementação do Sisfron, por conta da vigilância forte pelo Estado, segundo a constatação do superintendente Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Edgar Paulo Marcon.

“Nós da Polícia Federal temos controle e acompanhamento da maioria da organizações criminosas, e aí que o sistema Sisfron capitaneado pelo Exército Brasileiro muito vai nos ajudar.

Porque geralmente quando nós acompanhamos determinadas quadrilhas e facções criminosas, nós temos noção do que está acontecendo na ponta.

Exemplo: No tráfico de entorpecentes ou de armas, sabemos quem são fornecedores, e temos controle, e sabemos quem tá comprando essas armas e drogas.

A deficiência é justamente no transporte, o ponto de saída seja das drogas, dos o países vizinhos, ou das armas, que vem da América do Norte, do oriente da Europa, que utilizam esses países de fronteira também como passagem como rota.

Aí justamente, que o Sifron nos dará uma grande ajuda. Combinaremos a inteligência da PF com os instrumentos que estão desenvolvidos no Sisfron, para que nós consigamos impedir com que essas drogas ilícitas adentrem em território nacional”, creditou.

Aeronaves não-tripuladas Ainda durante a coletiva o general de brigada de Exército, Elias Martins, informou que Mato Grosso do Sul até o fim do ano estará equipado com Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants).

Ele afirmou que o Estado deverá receber vats com classificações 0 e 1, que são operados pelas Forças Armadas em geral. “Vamos realizar as experimentações para identificar se eles [Vants] atenderão os requisitos operacionais que nós estabelecemos.

Estamos aguardando esses Vants, tanto aqui na nossa inteligência militar, quanto na bateria de busca de alvos em Nioaque, para fazermos os testes, para identificar aquele que atende melhor a operacionalidade”, explicou.

O Sisfron irá vigiar mais de 2,5 mil quilômetros da faixa de fronteira entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com habilitações de infovias (vias de comunicação), instalando 21 sensores fixos e 2 sensores móveis, além de trabalhar no lançamento do 1º satélite brasileiro de vigilância.

A previsão de conclusão é para o ano de 2017, com custo avaliado em R$ 12 bilhões, em sua totalidade no Brasil.

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