Tenente Beltramini E Capitão Oliveira Lima
No período de 12 a 28 de maio, o Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), sediado na Ala 8, em Manaus (AM), participou da Operação Alto do Rio Negro. A ação, coordenada pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Defesa, contou com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que realizou o transporte de profissionais de saúde e de vacinas até comunidades de difícil acesso no extremo noroeste do País.
A região fica na fronteira entre Brasil e Colômbia. Nesta operação, além da vacina contra a COVID-19, foram transportados também os imunizantes da Influenza, totalizando 2.470 doses.
Os voos, realizados com o helicóptero H-60L Black Hawk, partiram do Primeiro Pelotão Especial de Fronteira (1º PEF), em Iauaretê (AM). Devido a impossibilidade de acesso fluvial em virtude da grande quantidade de cachoeiras e corredeiras, a operação aérea foi fundamental.
A Operação realizou o transporte de 12 vacinadores do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e de material utilizado para a vacinação de 47 comunidades indígenas de diversas etnias, entre elas a Hupda, Tariano, Kubeo, Baniwa, Kuripako, Dessano, Tucano, Tariuca e Tatiana.
O Comandante da aeronave, Tenente Aviador Gabriel Sampaio Duarte, falou sobre a sensação de fazer parte da missão. “É um imenso prazer realizar esse tipo de Operação. É muito gratificante levar saúde a bordo do helicóptero, na forma de vacina e profissionais qualificados, garantindo a presença do Estado nas comunidades mais longínquas da Amazônia”, disse.
Integração
Este tipo de apoio, por parte da FAB, em comunidades isoladas, iniciou em 1993, após a notificação de surtos de sarampo em populações indígenas nas regiões do Rio Purus, Juruá e Solimões. Desde então, consolidou-se a realização da multivacinação anual, atendendo ao calendário básico do Programa Nacional de Imunização. Somente no ano de 2020, foram atendidos, pelo Esquadrão Harpia, mais de 365 comunidades e 10.328 brasileiros.
Fotos: Tenente Rosseto, Tenente Beltramini e Sargento Osvaldo/7º/8º GAV