m 29 de maio, o Exército Brasileiro comemora o Dia Internacional dos Peacekeepers, ou mantenedores da paz, na tradução para o português. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2002, em alusão à primeira missão de paz sob a égide desse organismo internacional, iniciada em 29 de maio de 1948, na Palestina. Foi o começo de uma trajetória de mais de 70 missões dessa natureza em diversas partes do mundo, envolvendo um número superior a um milhão de participantes, entre civis, policiais e militares, muitos deles das Forças Armadas brasileiras.
Soldados da paz ou capacetes azuis são expressões normalmente associadas aos peacekeepers. A referência diz respeito à cor do equipamento de proteção utilizado pelos militares que atuam em missões de paz conduzidas pela ONU e razão de orgulho aos distinguidos com a participação nessas atividades humanitárias.
No momento, o Exército Brasileiro tem 46 militares distribuídos em 6 missões de paz ao redor do mundo. O maior contingente está trabalhando na Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), com 21 militares, incluindo o Force Commander, General de Divisão Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves.
O Brasil também está representado por integrantes do Exército nas seguintes missões internacionais: Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS, com 9 militares), Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, com 7 militares), Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA, com 4 militares), Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (MINURSO, com 3 militares) e Força das Nações Unidas para Manutenção da Paz no Chipre (UNIFICYP, com 2 militares).
Entre 2004 e 2017, ocorreu a mais recente participação com maior emprego de pessoal e meios do Exército Brasileiro em missões de paz. Nesse período, o Brasil liderou o componente militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Um caso de reconhecido sucesso, com a Força Terrestre assumindo a linha de frente no auxílio à população daquele país, incluindo em eventos extremos, como no terremoto ocorrido em 2010, e a passagem do furacão Matthew, em 2016.
Desde que foi instituído, o Dia dos Peacekeepers é celebrado com formaturas em quartéis de todo o Brasil. Momento em que os capacetes azuis são homenageados e reencontram-se para relembrar as experiências vividas em solo estrangeiro. Esse ano, em virtude das limitações impostas pela crise do coronavírus, as cerimônias serão mais restritas, porém não ausentes de significado e do reconhecimento desses soldados pela atuação em tão nobre missão, em nome da paz.