Brasília – O ministro da Defesa, Celso Amorim, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, e o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi Affonso, terão de explicar na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara Federal, o que levou o governo a assinar um contrato para a aquisição de 36 aviões de caça suecos Gripen NG, por US$ 5,4 bilhões.
Nesta quarta-feira, 29, a CREDN aprovou requerimentos dos deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Duarte Nogueira (PSDB-SP), que estranharam o valor final do contrato. Bueno lembrou que em fevereiro deste ano, o Comandante da Aeronáutica afirmou no Congresso que a compra dos caças custaria cerca de US$ 4,5 bilhões.
"Evidencia essa nossa assertiva a majoração da ordem de 20% no valor inicial anunciado há ano pelo ministro da Defesa, Celso Amorim: de US$4,5 bilhões o valor do contrato passou para US$ 5,4 bilhões, um aumento da ordem de US$ 900 milhões", explicou Bueno.
Segundo Duarte Nogueira, "o valor da operação, segundo divulgado, superou em US$ 900 milhões o que havia sido previsto em dezembro de 2013, aumento que a Força Aérea Brasileira disse decorrer da necessidade de atualização do projeto, de vez que a proposta inicial data do ano de 2009. A FAB, demais disso, negou que a postergação do anúncio da compra tenha sido influenciada pelo processo eleitoral".
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