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Cooperação internacional e Defesa Cibernética atuam juntos para enfrentamento das ameaças dessa natureza

Com foco na cooperação mútua, teve início, nessa segunda-feira, 14 de maio, o 3º Estágio Internacional de Defesa Cibernética para Oficiais de Nações Amigas. Promovido pelo Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), a atividade acontece em Brasília (DF) até o próximo dia 25 de maio, reunindo integrantes das três Forças Armadas e militares representantes de alguns dos países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. A abertura ocorreu no auditório do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), no Quartel-General do Exército – Forte Caxias. Já as instruções do estágio serão realizadas no Forte Marechal Rondon, em Sobradinho, onde está localizado o complexo de organizações militares voltadas para as Comunicações, Cibernética e Guerra Eletrônica.

Dentre os objetivos do estágio estão a capacitação de pessoal no desenvolvimento de ações de proteção de redes de computadores e sistemas de informação, a promoção de intercâmbio doutrinário e técnico, além do incremento da cooperação na área de Defesa Cibernética. As instruções serão conduzidas com o emprego de um Simulador de Operações Cibernéticas, incluindo exercícios práticos, e serão abordados aspectos como vulnerabilidades de sistemas operacionais e redes Wi-Fi, análise e engenharia reversa de códigos maliciosos, criptografia e técnicas de análise forense.

A abertura oficial foi procedida pelo General de Exército Edson Leal Pujol, Chefe do DCT, que exaltou o aspecto da colaboração como preponderante para o enfrentamento das ameaças no campo cibernético. "Para fazer face à diversidade de desafios, que são extremamente difusos, é necessária a cooperação. E ela se dá não somente dentro do próprio País, com o trabalho conjunto entre civis e militares, mas também envolvendo outros países, porque as ameaças nunca se apresentam de forma explícita. A cooperação internacional é fundamental para aumentar a capacidade de defesa cibernética de uma nação", ressaltou.

A aula inaugural foi proferida pelo Comandante de Defesa Cibernética, General de Divisão Guido Amin Naves, que destacou o elemento humano como um dos pilares mais relevantes no gerenciamento da Defesa Cibernética. "Paradoxalmente, o recurso humano se apresenta como a maior vulnerabilidade e como o fator mais importante em todo o processo, pois é o operador que fará a diferença no enfrentamento dos ataques cibernéticos. Daí a importância de eventos como esse, que fomentam a colaboração e a troca de experiências entre os participantes", analisou.

Diversos países estão representados no estágio, que conta com a participação de militares da América, África, Ásia e Europa. O Capitão Julio Rodriguez, do Exército da Espanha, acredita que o intercâmbio de informações é determinante para o progresso no campo da Defesa Cibernética. "Essa é uma questão que atinge a todos. É importante trabalhar em conjunto na busca de soluções que ofereçam uma maior proteção contra as ameaças aos sistemas de segurança dos países", avaliou.

Fotos: Agência Verde-Oliva

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