Tenente Gabrielli e Capitão Landenberger
Nesta segunda-feira (29/10), foi a vez do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP), receber a palestra do Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre os rumos da instituição.
O Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato tem proferido palestras para efetivos pertencentes a Organizações Militares da FAB de todo o país. O evento iniciou com um cumprimento aos Engenheiros da Aeronáutica que comemoraram seu dia no último domingo (28) e teve a participação de 600 militares e civis.
Em sua fala, o Tenente-Brigadeiro Rossato deu um panorama geral de como está organizada a instituição a partir do processo de Reestruturação por que vem passando desde 2015, com foco em promover a excelência administrativa e a modernização operacional.
Segundo ele, naquele ano, estudos demonstraram um cenário em que uma grande quantidade do efetivo estava envolvida em atividades de apoio e administrativas, além do comprometimento do orçamento com pagamento de pessoal e possibilidade de captação de mão de obra qualificada no mercado de trabalho.
Com base nesse diagnóstico, a Reestruturação foi pensada para, seguindo tendências internacionais, deixar a Força mais enxuta e mais tecnológica, trazendo militares temporários para execução de atividades-meio.
Outra questão importante foi a concentração das ações administrativas, com a criação dos Grupamentos de Apoio (GAP), deixando que as unidades operacionais, as Alas – que hoje são 12 – se preocupem especificamente com as atividades finalísticas da FAB. “Nós temos que otimizar ao máximo nossos recursos, canalizando-os para a atividade-fim”, avaliou o comandante.
A separação entre os conceitos de preparo e de emprego, com a criação do Comando de Preparo (COMPREP) e do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), também foi um ponto de destaque entre as mudanças implementadas com a Reestruturação.
Falando sobre o futuro, além de atualizar o efetivo sobre o andamento de projetos estratégicos que já são realidade, como a aeronave multimissão KC-390, o caça Gripen NG e o fortalecimento da área espacial por meio do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), o Tenente-Brigadeiro Rossato destacou algumas novidades, entre elas, a compra do Boeing 767, que há dois anos opera na FAB por meio de leasing; e a modernização de 50 aeronaves T-27 Tucano.
O Oficial-General destacou, ainda, que as transformações na FAB acompanham mudanças contextuais históricas, sociais e políticas. “A decisão por colocar bases por todo o litoral brasileiro, por exemplo, foi ancorada no fato de que havia submarinos inimigos na costa durante a Segunda Guerra. Hoje não há mais. As aeronaves também mudaram, atualmente têm outra tecnologia e maior alcance. Os tempos são outros”, concluiu.
Fotos: Sargento Johnson Barros / CECOMSAER