O Comando de Defesa Cibernética (Com D Ciber) celebrou, em 21 de junho, parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). A iniciativa prevê o desenvolvimento de metodologia e de requisitos para certificar produtos de hardware utilizados nos Sistemas de Tecnologia da Informação e, por consequência, na atividade de Defesa Cibernética.
O Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre as duas instituições prevê a disponibilização de recursos, por parte do Com D Ciber, para implementar a infraestrutura computacional necessária e financiar bolsas de pesquisa. O investimento deve culminar na formação de um centro de processamento e treinamento em Ambiente de Execução de Ensaios, Experimentos e Simulações de Segurança Cibernética, no campus do INMETRO em Xerém (distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro).
O Comandante de Defesa Cibernética, General de Divisão Guido Amin Naves, explica que atualmente não existem laboratórios no Brasil com a capacidade de realizar esse tipo de certificação de hardware, tampouco metodologia nacional para isso. “Tão logo esse trabalho termine, estaremos em condições de, por exemplo, certificar laboratórios brasileiros capazes de realmente checar equipamentos de hardware em geral para saber se eles fazem exatamente aquilo para que foram criados e, principalmente, se fazem alguma coisa que não era para fazerem”, detalha.
Para o presidente do INMETRO, Carlos Augusto de Azevedo, embora a Defesa Cibernética seja um assunto mais ligado às Forças Armadas, é papel do INMETRO estabelecer os padrões primários para os produtos no País. “Isso dá a garantia de qualidade desse produto. Vamos desenvolver com o Exército todo um conjunto de requisitos, todo um conjunto de ensaios, que vai nos garantir a qualidade desses produtos”, reforça.
Essa parceria integra as ações estratégicas do Exército para implantar o Sistema Militar de Defesa Cibernética, que inclui o emprego de produtos de defesa tecnologicamente avançados e profissionais altamente capacitados.
A iniciativa também deverá representar uma oportunidade de negócios para laboratórios que desejem ser credenciados. “Quando essa certificação for estabelecida, empresas que queiram fazer negócios aqui no Brasil certamente procurarão tê-la. Estamos gerando uma nova oportunidade de negócios, que vai gerar empregos e uma melhoria muito grande nos nossos sistemas de tecnologia da informação”, acrescenta o General Amin.