Entre os dias 29 de maio e 2 de junho, o Comando Militar do Planalto (CMP) realiza o Exercício Tático com Apoio de Sistemas de Simulação (ETASS), intitulado Operação Lobo Guará VI.
A atividade é um treinamento tático, sem tropa no terreno, apoiado por meios eletrônicos e cartográficos de simulação com jogos de guerra. A finalidade é elevar o nível de adestramento das organizações militares nos processos de tomada de decisão em um cenário de operações, além de capacitar profissionalmente os envolvidos, valorizando os recursos humanos.
Na simulação, o Comando e o Estado-Maior da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada (3ª Bda Inf Mtz), subordinada ao CMP, constituem o Exército Azul. Suas tropas devem realizar marchas para o combate, ataques a posições organizadas e também às localidades.
Para que sejam cumpridos esses objetivos, as organizações militares participantes devem trabalhar todas as suas funções de combate, tais como Movimento e Manobra, Inteligência, Comando e Controle, Fogos, Proteção e Logística. O exercício é de dupla ação, sendo o oponente o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, Unidade também integrante do CMP, representando as tropas inimigas do Exército Vermelho.
Toda a execução do ETASS é dirigida pelo Comandante Militar do Planalto, General de Divisão Luiz Carlos Pereira Gomes, que acompanha as manobras dos dois lados da ação, a partir das informações da Direção do Exercício (DIREX), responsável pela condução tática e formada por oficiais superiores do Estado-Maior do CMP e da 11ª Região Militar.
A DIREX ainda emprega militares controladores e operadores na missão. Os primeiros atuam na interligação do Comando às funcionalidades do sistema, aplicando seus conhecimentos de manobras inerentes à sua Arma. Eles ficam “no terreno” recebendo as ordens e devem reportar a seus comandantes os fatos relevantes, resultados alcançados ou perdas que visualizarem.
Os operadores, por sua vez, são responsáveis pela interface entre o sistema de simulação e o Comando, inserindo as ordens na plataforma e transmitindo informações processadas pelo sistema.
O adestramento efetivo
O Comandante de Operações Terrestres, General de Exército Paulo Humberto Cesar de Oliveira, também supervisiona a simulação. Segundo ele, a utilização desse método é uma tendência em todos as forças de combate do mundo, pois carrega as vantagens de treinamento eficaz de pessoal, com a possibilidade de discussão de manobras em tempo real, sob um baixo custo.
Para o Chefe da Divisão de Simulação de Combate do Comando de Operações Terrestres, Coronel Luís Fernando Gonçalves, o programa se consolida como uma das melhores ferramentas de adestramento para operações ofensivas, defensivas e de natureza peculiar. “O CMP está realizando um exercício de alto nível, dando condições ao Estado-Maior da 3ª Bda Inf Mtz de se empregar em operação de defesa externa de alta intensidade com ótimo resultado”, conclui.
A Operação Lobo Guará VI é monitorada, também, pelo Subcomandante de Operações Terrestres, General de Divisão Júlio César de Arruda; e pelo Chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército, General de Brigada, Alexandre Fernandes Lobo Nogueira.
Fotos: CMP / Agência Verde-Oliva – EB