A Rússia pode criar na China uma empresa de montagem de helicópteros Mi-17, comunicou o diretor-geral da holding Helicópteros da Rússia, Dmitri Petrov. A abertura de empresas de montagem é um passo que os produtores mundiais de helicópteros dão na esperança de conquistar o prometedor mercado chinês.
A julgar pelas informações de meios de comunicação social da China, na China já existia uma joint venture russo-chinesa mas a sua história é muito misteriosa.
Em 2008 tornou-se conhecida a existência de uma empresa russo-chinesa de montagem de helicópteros Mi-17, que em novembro de 2008 concluiu um contrato de fornecimento de cinco helicópteros a um cliente civil – uma companhia de Qingdao. Mas, depois, o nome da companhia desaparece da mídia. Nem a parte russa, nem a chinesa falam dela aos jornalistas. Talvez a cooperação não tivesse sido bem-sucedida ou, talvez, o seu perfil tenha mudado e as partes não estejam interessadas em atrair atenção para esta questão – não sabemos por enquanto.
É sabido, contudo, que a China está comprando helicópteros russos há muitos anos. O país adquiria helicópteros Mi-17 mesmo nos anos de esfriamento das relações russo-chinesas, tentando até copiá-los nos anos 70, aliás com pouco êxito, tendo construído o Z-6.
As Forças Armadas da China utilizam uma maioria esmagadora de Mi-17. Frequentemente, as máquinas são consideravelmente modificadas. Para além de metralhadoras e mísseis comuns, helicópteros russos passam a ser equipados com sistemas chineses de armamentos de alta precisão de última geração, tais como mísseis Blue Arrow 7, produzidos pela Norinco.
Por outro lado, na China, a polícia, os bombeiros e empresários particulares precisam também de helicópteros. Cada cliente está interessado em montar em Mi-17 os seus próprios equipamentos especiais. A montagem de helicópteros na China permitirá modificar rapidamente a estrutura das máquinas.