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CCISE representa FAB em workshop sobre sistemas espaciais no Peru

Ten Emília Maria E Capitão Landenberger

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), participou do Workshop Internacional “PeruSAT-1 – Lecciones Aprendidas 2018”, realizado na cidade de Pucusana, no Peru, de 4 a 6 de dezembro.

O evento, organizado pela Agência Espacial Peruana (CONIDA), reuniu diversos órgãos governamentais e privados do Peru, usuários dos produtos do PeruSAT-1, além de comitivas internacionais. O objetivo do evento foi reunir os usuários para apresentar os resultados e impactos do emprego dos produtos gerados pela missão PerúSAT-1 para o país, além de gerar discussões internacionais de interesse sobre o projeto e outras iniciativas.

A CCISE foi representada pelo seu Vice-Presidente Executivo, Brigadeiro do Ar José Vagner Vital, que apresentou palestra sobre o Programa Estratégico de Sistemas (PESE), evidenciando o Projeto CARPONIS-1 – primeiro satélite óptico de alta resolução do PESE – e suas aplicações de uso dual, militar e civil.

"A participação neste evento foi de extrema importância para os integrantes da Comissão, pois foi possível identificar os impactos das aplicações de um sistema orbital óptico de alta resolução nacional, como também abriu as portas para potenciais tratativas entre o Brasil e outros países da América do Sul de interesse do Programa Espacial Brasileiro", destacou o Brigadeiro Vital.

O Gerente-Chefe do Projeto CARPONIS-1, Capitão-de-Fragata Márcio Costa, também participou do workshop e permanece no Peru para realizar, na próxima semana, um intercâmbio entre Gerentes do Projeto PeruSAT-1 e Gerentes do Projeto CARPONIS-1 voltado ao refinamento dos requisitos do sistema para a elaboração da Request for Proposal (RFP) do referido Projeto.

Segundo os integrantes da CCISE, as apresentações dos diversos representantes da sociedade peruana deixaram evidente os benefícios sócio-econômicos obtidos pelos produtos do PeruSAT-1.

A agricultura passou a ser monitorada e orientada mais de perto, uma vez identificadas novas áreas de plantio; os serviços de cartografia tornaram-se mais ativos, gerando novas informações de mapeamento do país; a defesa civil mostrou-se melhor preparada para sinistros, tais como terremotos e tsunamis, fazendo um mapeamento das regiões que seriam potencialmente afetadas; além de outras vantagens obtidas com o emprego de um satélite próprio de resolução submétrica.

Entre os índices apresentados, alguns números tiveram destaque. Em menos de um ano, o Sistema Espacial PeruSAT-1 passou de 130 para 408 usuários, incrementando a capacitação de novos usuários de 367 para 1719. Em outras palavras, a percepção da sociedade sobre as possibilidade de emprego de um satélite óptico nacional aumentou em 97% em menos de um ano.

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