Capitão Freitas E Major Oliveira Lima
A Academia da Força Aérea (AFA), situada em Pirassununga (SP), realizou, nos dias 3 e 4/02, a instrução sobre Defesa Biológica, Química, Radiológica e Nuclear (DBQRN), como parte do Curso de Oficiais de Infantaria. A ação da Força Aérea Brasileira (FAB) consiste em empregar meios para reconhecer, identificar e descontaminar pessoal, material, viaturas e aeronaves, agindo na prevenção contra ameaças.
As aulas contaram com o apoio de militares do Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE) – Unidade responsável por capacitar e disponibilizar recursos humanos e materiais na área da saúde –, que se deslocaram do Rio de Janeiro (RJ) com materiais e pessoal necessários à execução do exercício.
O treinamento foi composto por dois módulos, um teórico e outro prático. Na fase teórica, os cadetes foram instruídos sobre os agentes biológicos, químicos, radiológicos e nucleares, bem como sobre os principais tipos de proteção, descontaminação, formas de detecção e de como evitar uma contaminação.
Ainda ocorreram instruções acerca de triagem e evacuação de vítima, sendo apresentadas as maneiras com que o combatente de infantaria pode auxiliar os profissionais de saúde. Durante a prática, os cadetes tiveram contato com os trajes especiais e com máscaras de gás, além disso, treinaram para o manuseio de materiais infectados.
De acordo com o Comandante do 3º Esquadrão do Corpo de Cadetes da Aeronáutica, Major de Infantaria Fernando Braga Ferrão Galante, com as aulas, os alunos passam a ter uma noção de atuação DBQRN. “Isso é importante para que, futuramente, já como Oficial, eles busquem se especializar na área e possam, de fato, atuar na defesa e proteção dos meios, adquirindo, assim, os conhecimentos necessários", explica.
Atualmente, o IMAE detém um vasto conhecimento dessa área do ponto de vista da saúde. Com essa instrução, além do intercâmbio de conhecimentos, ainda fazemos a aproximação do combatente de infantaria com o profissional da saúde.
Encerrando a instrução, os cadetes participaram de atividades práticas, simulando um ataque BQRN em instalação militar. Nessa simulação, eles tiveram a oportunidade de participar de todos os processos que envolvem uma situação desse tipo, realizando o reconhecimento do local, a identificação do agente por meio da coleta de amostras e cruzando a linha de contaminação para fazer a evacuação das vítimas, seja por meio terrestre ou aeromóvel.
Fotos: Soldado Carriço e Major Galante / AFA