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Cadetes da AFA realizam estágio de sobrevivência na amazônia

Tenente Evellyn Abelha

Isolados na Serra de Cachimbo (PA), 142 cadetes aviadores, intendentes e de infantaria do Esquadrão Fenrir, 3º ano da Academia da Força Aérea (AFA), realizaram mais uma atividade de formação entre os dias 4 e 18 de junho, desta vez no Campo de Provas Brigadeiro Velloso. Durante cinco dias eles simularam o pouso forçado de uma aeronave e a sobrevivência na selva à espera do resgate.

Municiados de um kit semelhante ao encontrado nas aeronaves da FAB, um pouco de sal e alguns facões, eles foram desafiados a cumprir uma série de tarefas, como a construção de um local de abrigo, um porto, armadilhas para captura de animais, além de uma fogueira para sinalização e resgate.

A preparação teórica para o período em ambiente amazônico é realizada ainda na AFA, quando os cadetes recebem orientações sobre o preparo da área de sobrevivência, forma de obtenção de alimentos por meio da construção de armadilhas para caça e pesca e aulas sobre a flora, aprendendo a identificar os vegetais comestíveis da região.

O acampamento é construído à beira do rio e apresenta dificuldades como o intenso calor, a chuva característica da região e insetos. Mas o grande desafio visto pelos cadetes é outro. “A principal apreensão do cadete é se vai conseguir alimento”, contou a Cadete Intendente Marcella Dornelles. “Temos que ter energia para construir tudo que precisamos para sobreviver durante o período, sem comida isso fica difícil”, avalia Marcella.

Para o Cadete Aviador Pedro Barbezani, a instrução atingiu o objetivo ao capacitar os militares a agirem em uma situação de sinistro. “Ela me enriqueceu e me preparou para definir prioridades para sobreviver em um ambiente hostil de selva”, explicou.

Todas as fases do exercício foram acompanhadas por uma equipe de instrutores: garantindo que a atividade aproxime-se o máximo da realidade, porém com a garantia da segurança dos alunos. “Temos um grande enfoque na parte da teoria para que eles saibam o que estão fazendo e para que tenham segurança na ação”, conta o Capitão de Infantaria Marcelo Ferreira dos Santos. “Este tipo de ação é importante para que eles estejam preparados para enfrentar uma eventual necessidade, tendo em vista uma das principais características da Força Aérea que é a mobilidade”, explicou o militar.

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