Search
Close this search box.

Caças: EUA propõem transferência de tecnologia semelhante à oferecida a seus maiores aliados

Jornal do Senado

– O governo e o Congresso dos Estados Unidos estão dando um passo inédito para garantir transferência de tecnologia ao Brasil da mesma categoria da que temos com nossos aliados mais próximos – afirmou Chadwick em reposta a uma pergunta do presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL).

No início da audiência, Collor leu carta endereçada à presidente Dilma Rousseff pelos líderes do governo e da minoria no Senado dos Estados Unidos, Harry Reid e Mitch McConnell, garantindo o seu respaldo à proposta apresentada pelo governo norte-americano na concorrência para a compra de caças destinados a renovar a frota da Força Aérea Brasileira.

Em sua exposição aos senadores, Chadwick classificou o Super Hornett, avião utilizado pela Marinha dos Estados Unidos, como o melhor caça multi-missão do mundo. Ele admitiu que cada empresa interessada em vender seus aviões ao Brasil dirá que tem o melhor produto. Porém, a superioridade do Hornett poderia ser provada, a seu ver, pela sua eficiência em situações reais de conflito. O Hornett, informou, já possui mais de 150 mil horas de voo em combate.

O presidente da empresa prometeu uma "ampla transferência de tecnologia" junto à venda do Hornett, aí incluídos o apoio técnico e a manutenção no Brasil das aeronaves, além da linha de montagem final dos aparelhos também no Brasil. Ele também prometeu uma "profunda e duradoura parceria" com a Força Aérea Brasileira e com a indústria aeronáutica nacional.

Collor considerou muito importante a garantia de apoio à transferência de tecnologia assinada pelos dois líderes do Senado dos Estados Unidos. Elogiou ainda as propostas de manutenção dos caças no Brasil e de cooperação da Boeing, fabricante dos Super Hornett, com a Embraer.

Ajuste

Em resposta ao senador Blairo Maggi (PR-MT), que pediu informações sobre o preço do pacote oferecido pelos Estados Unidos e das condições de financiamento, o vice-presidente executivo da Boeing, Christopher Raymond, disse que não poderia dar detalhes sobre os números, mas informou que o plano de financiamento poder vir a ser "ajustado" para atender às necessidades brasileiras.

O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) defendeu a primazia de aspectos técnicos e de preço na concorrência, mas lembrou que o novo ministro da Defesa, Celso Amorim, já declarou – quando ainda ministro das Relações Exteriores – ser a operação "eminentemente política".

Os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ana Amélia (PP-RS) também manifestaram preocupação com a garantia de transferência de tecnologia, caso o governo brasileiro opte pelos Super Hornett. Cristovam questionou, inclusive, a necessidade de compra de aviões estrangeiros. Ele defendeu o desenvolvimento dos caças a serem utilizados pela Força Aérea no próprio Brasil.

Compartilhar:

Leia também
Últimas Notícias

Inscreva-se na nossa newsletter