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Brasil e EUA debatem implementação de sistema inovador de navegação no País

Tenente João Elias

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), localizado no Rio de Janeiro (RJ), realizou, na semana de 23 a 27 de outubro, a primeira reunião fruto do Acordo de Cooperação com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA).

O objetivo foi realizar estudos, aprofundar as análises e buscar soluções para identificar possibilidades que permitam a utilização do Sistema de Aumentação Baseado em Solo (GBAS) no Brasil. O sistema GBAS tem por função melhorar a exatidão, a integridade, a continuidade e a disponibilidade da informação para a navegação aérea, possibilitando a aproximação de precisão com base na utilização dos dados provenientes dos sistemas satelitais GNSS (Global Navigation Satellite Systems – Sistemas Globais de Navegação por Satélite).

O encontro reuniu representantes do DECEA, da FAA, do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), da Boeing, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), do Boston College, da Stanford University, da Honeyweel e da Mirus Corporation. Desde a instalação da estação GBAS no Aeroporto Internacional do Galeão, foram realizados testes utilizando as aeronaves-laboratório do GEIV, que avaliaram o serviço prestado pelo sistema.

No entanto, devido ao comportamento particular da ionosfera ao redor do equador geomagnético, onde se situa o Brasil, não foi possível certificar a estação até o momento. "A dificuldade é lidar com as particularidades da ionosfera em regiões de baixa latitude, que podem provocar atrasos no sinal do satélite, gerando erro no cálculo da posição GPS", explica o Tenente-Coronel Alessandre de Andrade Santoro, engenheiro e coordenador do GBAS no DECEA.

A expectativa é que a certificação da estação GBAS do Galeão para operações de aproximação sejam similares aos do Sistema de Pouso por Instrumentos de categoria um (ILS CAT I) e ocorra no primeiro semestre de 2019. “O GBAS está se tornando uma realidade no mundo.

As companhias aéreas estão capacitando suas frotas para a operação e nos reunimos com os melhores especialistas e pesquisadores sobre a ionosfera para encontrarmos a solução e termos a integridade necessária dos sinais durante sua operação.

Ao final do processo, tomaremos a decisão visando à segurança, à fluidez e à regularidade das operações aéreas”, concluiu o Brigadeiro Luiz Ricardo de Souza Nascimento, Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA.

Fotos: DECEA / Agência Força Aérea – FAB

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