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Brasil e China trocam experiências no setor de aviação

Gisele Bastos, Tenente Adauto Fraga E Capitão Monteiro

O Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, recebeu a comitiva do governo chinês vinculada à aviação civil, subordinada ao Ministério de Transportes daquele país, visando a troca de experiências no setor de aviação entre os dois países.

Ao falar sobre a visita da comitiva chinesa, ocorrida no último mês, o Tenente-Brigadeiro do Ar Domingues disse que existe similaridade entre o tráfego aéreo brasileiro e o chinês, a começar pelo tamanho do espaço aéreo dos dois países.

O Tenente-Brigadeiro Domingues fez questionamentos sobre a presença de drones no espaço aéreo daquele país e recebeu a informação de que esses voos ultrapassam um milhão de horas contabilizadas, o que cada vez mais se aproxima dos voos regulares.

Esta movimentação, prioritariamente, ocorre na área da agricultura, mas também são realizados voos de inspeção de linhas de transmissão e de aerolevantamentos.

Com relação ao transporte de cargas usando drones, a China ainda está em fase de testes, conforme relatou a comitiva. A junção da área de controle de drones com o gerenciamento de tráfego aéreo (ATM) também é um desafio para o governo chinês.

Naquele país, já foram emitidas 40 mil certificações para drones. No Brasil, consta o cadastro de mais de 70 mil equipamentos junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), mais de 18 mil fizeram a solicitação de acesso ao espaço aéreo utilizando o Sistema SARPAS – solicitação de acesso ao espaço aéreo para o uso de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS/DRONES) no espaço aéreo brasileiro.

Dados do governo Chinês

A comitiva chinesa mostrou números do setor aéreo da China, que possui 3.709 aeronaves de grande porte e 2.723 aeronaves consideradas de médio e pequeno porte.

Nos últimos dez anos, houve mais de 10% de crescimento no setor de aviação civil, que conta com 62 companhias aéreas chinesas e 180 estrangeiras. De acordo com as autoridades da China, aproximadamente 5 mil novos colaboradores entram para o setor a cada ano.

A informação singular foi relacionada à presença de cerca de 200 pilotos brasileiros voando no país asiático, cuja principal característica é a alta qualidade técnica.

O Diretor-Geral do DECEA disse que a Organização Militar da Força Aérea Brasileira está a disposição para mostrar a experiência brasileira aos chineses e, da mesma forma, recebeu o convite para conhecer os órgãos reguladores e a operação na China que, segundo a comitiva, atua de forma similar a praticada nos Estados Unidos.

“Vejo grande oportunidade essa troca de experiências entre o Brasil e a China. Ajudamos outros países, mas também temos a oportunidade de aprender a despeito da experiência que temos”, completou o Tenente-Brigadeiro Domingues.

Também participaram do encontro o Vice-Diretor do DECEA, Major-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araujo; o Chefe do Subdepartamento de Administração do DECEA, Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior; o Chefe do Subdepartamento Técnico do DECEA, Brigadeiro do Ar Mauricio Ferreira Hupalo; além do Diretor Adjunto da Administração da Aviação Civil da China (CAAC), Li Jian; o Diretor-Geral de Certificação de Aeronavegabilidade de Aeronaves, Xu Chaoqun; e o Diretor-Geral do Departamento de Padronização de Voo, Zhu Tao.

Fotos: Suboficial José Pereira / DECEA

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