TATIANE ALVES
Jornal da Comunidade
O Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) comemorou na sexta-feira (26) 190 anos de existência. A solenidade foi realizada no BGP, e começou às 20h. O evento contou com a presença da dupla Pedro Paulo e Matheus. Segundo o coronel Corriere de Castro, a festa foi um espetáculo inesquecível. “Foi um grande show. Para quem nunca viu, foi um espetáculo inesquecível e inigualável, que não se vê em lugar algum do mundo”, destaca o coronel. O cantor Pedro Paulo serviu o Batalhão por quase sete anos. Começou como soldado, chegou a sargento.
O público foi de 4 mil pessoas, entre familiares dos oficiais, subtenentes, sargentos, cabos soldados, convidados do batalhão, autoridades civis e militares. O Batalhão possui um efetivo de 1,7 mil soldados. Sua origem é de 1823, quando D. Pedro I libertou o país do julgo português. “Esses 190 anos representam para nós a honra de estarmos mantendo a história de uma unidade tão tradicional e de quase dois séculos de existência”, frisa o coronel Corriere.
O Batalhão do Imperador foi composto por militares de elevado conceito e valor, incluindo o Alferes Luís Alves de Lima e Silva mais conhecido como Duque de Caxias, primeiro porta-estandarte do Brasil independente. Com destaque na Guerra da Cisplatina, conseguiu o posto de major e subsequente subiu ao patamar de subcomandante da unidade, tendo como comandante seu tio e coronel José Joaquim Alves de Lima.
Diferente do Duque de Caxias, que tem uma trajetória de glórias, D. Pedro I não conseguiu se estabelecer e foi obrigado a abdicar ao trono. Com o fracasso de D. Pedro I, o Batalhão do Imperador foi extinto, renascendo apenas em 1933, como Batalhão de Guardas e tendo sua sede no Rio de Janeiro, capital federal da época.
Somente em 1960, quando Brasília se torna a capital do Brasil, o Batalhão da Guarda foi transferido para o Planalto Central, tornando-se o Batalhão da Guarda Presidencial. De lá para cá, o BGP cumpre missões de destaque no âmbito do Exército brasileiro, principalmente a de guardar as instalações da Presidência da República e do Comando do Exército, de chefes de Estados e do corpo diplomático, além de ser e apto para operações de garantia da lei e da ordem. Em 2001 recebeu a denominação de Batalhão Duque de Caxias.
Todo final de ano, o BGP forma 30 oficiais, além de oferecer curso de caçador e formação de cabos. “Herdar uma tradição dessas, de 190 anos de existência em um país não muito antigo como é o Brasil, é uma honra muito grande para todos nós”, afirma o coronel Corriere de Castro.
Ao longo da semana serão realizadas competições militares que envolvem força, inteligência, velocidade, montagem de armamento e cultos religiosos. Para integrar essa unidade com missão tão importante das forças armadas brasileira, seu efetivo passa por rigorosa seleção técnica operacional, psicológica e física. Sua denominação é uma homenagem ao grande Duque de Caxias, patrono do Exército brasileiro e primeiro porta-estandarte do Batalhão.
Papel do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP)
Principais Missões: Suas principais missões são: guarda dos palácios presidenciais, cerimonial militar, escolta de autoridades com batedores militares com as motocicletas e aptos a participar de operações de garantia da lei e da ordem. Além de formar cerca de 500 recrutas por ano, que prestam serviço militar na BGP, entre eles médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários, oferece um núcleo de preparação de oficiais da reserva. Todos os anos são formados 30 oficias da reserva, soldados, cabos. O batalhão também possui cães de guerra.
Banda de Música : A banda de música da BGP é a alma do Batalhão. A banda tem um efetivo de 93 militares, entre oficial, subtenentes, sargento e cabos. Possui uma equipe de corneteiros composta por três sargentos, quatro cabos e 20 soldados. É precursora na criação do Grupo de Gaitas de Fole e Tambores. Atualmente é comandada e regida pelo capitão e músico Paulo Cezar Pedroso. Dentre suas missões, destacam-se o cerimonial militar e as honras prestadas na capital federal a autoridades nacionais e estrangeiras em visita oficial ao Brasil.
Batalhão da Saudade: Nos anos 60 não havia em Brasília um efetivo recrutável consistente do serviço militar obrigatório, então o recrutamento que servia na guarda presidencial em Brasília era feito no Paraná, no interior de São Paulo e Santa Catarina. Esses recrutas, há cerca de 25 anos, criaram em São Paulo, uma associação chamada de Batalhão da Saudade. Na sexta feira, cerca de 200 pessoas foram em caravana para Brasília a fim de prestigiar o evento.