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BAE System fecha contrato de US$ 48 milhões para modernizar blindados do Exército

A inglesa BAE Systems, segunda maior do mundo no setor de defesa, vai executar um contrato de modernização de 376 veículos blindados M-113 para o Exército, no valor de US$ 48 milhões. O contrato foi viabilizado por meio de acordo assinado entre os governos brasileiro e dos EUA, através do processo FMS (Foreign Military Sales), utilizado pelos americanos em caso de vendas de equipamentos militares para outros países.

A BAE, segundo o diretor de Desenvolvimento de Negócios do grupo, Alan Garwood, é a fabricante original dos veículos M-113 e foi subcontratada pelo governo dos EUA por meio da subsidiária americana BAE Systems Land and Ordnance. O primeiro lote a ser modernizado contempla um total de 150 veículos. O contrato foi assinado somente para a primeira fase.

"Os trabalhos de modernização serão iniciados no fim deste ano. O Exército possui 574 veículos desse modelo. Os que não estão incluídos neste pacote passarão por um processo de manutenção", explicou o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri. O M-113 é um veículo de transporte de tropas blindado, com tração por esteira sob cinco rodas base. Possui uma autonomia de 480 km e uma velocidade máxima de 66 km/hora.
Garwood veio ao Brasil para participar da feira Laad, mas sua missão no país também envolve a execução de um ambicioso plano de fornecimento de equipamentos de defesa e segurança para as Forças Armadas Brasileiras.

A empresa já apresentou oferta de fornecimento de embarcações navais para o programa de renovação da frota da Marinha, baseado em um contrato de transferência tecnologia que prevê a construção dos navios no Brasil. No Exército, a BAE também almeja o fornecimento de um sistema de artilharia de 155 milímetros, em substituição aos de 105 milímetros.

"Estamos em busca de parceiros locais para o desenvolvimento de todos esses projetos com o objetivo de aumentar a participação da indústria nacional no desenvolvimento de novas tecnologias, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Estratégia Nacional de Defesa", afirmou o diretor da BAE.

O grupo, que faturou US$ 35 bilhões em 2010, é um dos maiores provedores de sistemas de segurança civil e militar do Reino Unido e quer trazer essas tecnologias para serem usadas em controle de fronteiras, segurança urbana e cyber segurança. O executivo acredita que existam grandes possibilidades de negócios nessas áreas para os eventos como a Copa de Mundo e os Jogos Olímpicos. (VS)

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