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AZUL adia entrega de 53 jatos E2 e reduz malha e frota

 

Alberto Alerigi Jr.

 

SÃO PAULO (Reuters) – A companhia aérea Azul  anunciou nesta quarta-feira adiamento de entregas de 59 jatos de nova geração (E2) da Embraer, de entre 2020 e 2023 para a partir de 2024, diante dos impactos da pandemia sobre o setor aéreo.

As encomendas adiadas têm preço de tabela de 24,5 bilhões de reais e integram pedido de 75 aviões feito antes pela aérea junto à fabricante brasileira, dos quais 5 já foram entregues, afirmou o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson.

A negociação não exigiu contrapartidas financeiras da Azul, mas compromisso de que a empresa manterá as encomendas adiante, disse o executivo.

“A Embraer é parceira nossa e a saúde da Azul é importante para a Embraer. Eles querem que a gente seja saudável e estão nos ajudando a passarmos pela crise”, disse Rodgerson.

Com as medidas de restrição de circulação adotadas em todo o mundo, o setor aéreo é um dos mais afetados pelos impactos econômicos da pandemia de coronavírus. A Azul, por exemplo, reduziu sua capacidade em abril em 90%.

Antes da pandemia, a Azul estava recebendo 15 a 20 aeronaves da Embraer por ano e agora vai recebê-las em 2024, 2025, 2026 e 2027, disse o executivo.

“Gostamos muito da aeronave, sinto tristeza em fazer isso, mas estamos em tempos difíceis no mundo e precisamos proteger a companhia. É mais uma proteção para a Azul”, disse Rodgerson.

A Embraer foi o primeiro acordo de adiamento de entregas da Azul, que negocia postergação com os fornecedores de aviões ATR e Airbus (AIR.PA), e de motores. O executivo não deu detalhes, mas disse que a intenção da Azul é adiar “o máximo possível”.

“Todo mundo vai ter que ajudar porque somos um cliente muito importante. Estamos negociando para postergar o máximo possível, porque não sabemos como vai ser o mundo lá na frente”, disse.

As ações da Azul, que divulga resultados de primeiro trimestre na manhã de quinta-feira, encerraram em queda de 1,9% nesta quarta-feira, enquanto as da Embraer afundaram 8,7%.

 

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Resposta Imediata ao impacto do COVID-19 e Plano de Recuperação

Em resposta aos acontecimentos relacionados com a disseminação do COVID-19 no Brasil, a Companhia implementou medidas como foco na segurança de seus clientes e tripulantes, ao mesmo tempo em que buscou mitigar o impacto em seus resultados financeiros e posição de liquidez.

Segurança de tripulantes e clientes

Para segurança de seus tripulantes e clientes, a Azul adotou as seguintes medidas:

 

– Uso de máscara de forma contínua pelos tripulantes, e uso mandatório de máscara de clientes durante o voo.

 

 – Disponibilização de álcool gel e lenço umedecido de limpeza para tripulantes e clientes.

– Os procedimentos de limpeza após cada voo foram aprimorados, com atenção para todos os pontos que tiveram contato com o cliente.

–  A rotina de limpeza profunda das aeronaves realizada durante as noites foi intensificada, com atenção em todas as áreas de trabalho dos tripulantes.

–  Redução do serviço de bordo a fim de limitar o contato dentro das aeronaves.

–  Voos gratuitos para profissionais da saúde que combatem o vírus.

–  Flexibilidade para remarcar voos ou receber créditos de viagem válidos por um ano.

 

Ajustes na capacidade

 

Desde o início da pandemia, a Azul rapidamente ajustou a sua malha, e na segunda quinzena de março reduziu a sua capacidade em 50%. Em 26 de março, a Azul foi a primeira companhia aérea do Brasil a implementar uma malha aérea essencial, reduzindo a quantidade de voos diários de 950 para 70.

A Companhia tem operado apenas os voos que geram receita suficiente para cobrir seus custos variáveis.

Nas semanas de 4 e 11 de maio, a Azul aumentou sua malha para 90 e 115 voos diários, respectivamente, com base na identificação de novos mercados viáveis. A Companhia está acompanhando a evolução da pandemia, as regras de distanciamento social e restrição de mobilidade, a fim de ajustar sua malha conforme necessário. Como resultado, a Azul espera uma redução de capacidade entre 75% a 85% no 2T20 comparado com o 2T19.

 

Preservação de caixa e otimização da estrutura de custos

 

A rápida reação da Azul em reduzir sua capacidade contribuiu para uma significativa redução de custos variáveis, que representam aproximadamente 60% do total de custos operacionais da Companhia. Os custos fixos são compostos principalmente por arrendamentos de aeronaves e salários.

 

Aluguel de Aeronaves.

 

A Companhia está negociando adiar os pagamentos de aluguel de aeronaves de forma que acompanhem a retomada da demanda esperada para os próximos 18 a 24 meses.

 

Aproximadamente 90% de nossa frota está sob arrendamento operacional, o que nos dá mais flexibilidade para trabalhar com nossos parceiros durante esse ambiente de incerteza.

Salários.

 

A Companhia espera reduzir suas despesas com salários em mais de 50% no 2T20. Mais de 10.500 tripulantes aderiram ao programa de licença não remunerada da Companhia, o que representa 78% do total de funcionários da Azul em 31 de março de 2020, e mostra uma adesão maior do que outros programas similares lançados por qualquer outra companhia aérea no Brasil. A Azul também implementou a nova Medida Provisória de preservação do trabalho lançada pelo governo, o que implica em cortes salariais e suspensão de contratos em troca da assistência do governo por até 90 dias. Além disso, todos os membros do comitê executivo (diretores e diretores estatutários) da Azul tiveram redução salarial entre 50% e 100%, e para os gerentes, a redução salarial foi de 25%. A Companhia também adiou o pagamento de PLR e cancelou o pagamento de bônus relativo a 2019.

 

Capex e outros.

 

Desde o final de março, a Azul suspendeu os investimentos não essenciais, incluindo pré-pagamentos de entregas de aeronaves (PDPs). Adicionalmente, todas as entregas de aeronaves novas foram suspensas. A Companhia também está trabalhando para fortalecer sua posição de liquidez, e vem negociando

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 Apresentação do Ministério de Infraestrutura

 

Impactos Do COVID 19 No Set… by Nelson Düring on Scribd

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