No dia 25 de agosto, uma comitiva do Exército Brasileiro reuniu-se com generais do Exército dos Estados Unidos para acompanhar o andamento do exercício combinado entre os dois países, o CORE 22 (Combined Operations and Rotation Exercises). O treinamento, que acontece em solo norte-americano, em Fort Polk, no estado da Louisiana, conta com 219 militares do Exército Brasileiro.
O exercício acontece na base militar de Fort Polk / Joint Readiness Training Center (JRTC) desde o dia 4 de agosto e vai até o próximo dia 6 de setembro. O chefe da comitiva brasileira, o Comandante de Operações Terrestres do Exército Brasileiro, General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, destacou a importância do exercício para o desenvolvimento da interoperabilidade. “O que a gente tem visto ao longo dessas operações de intercâmbio é que nossos militares aprendem muito e com um grau de realismo maior. Para nossa missão principal, que é a defesa da Pátria, é um ganho muito grande de técnicas, táticas e procedimentos tanto individuais quanto coletivos. Atividades assim nos permitem melhorar muito a capacidade individual dos nossos combatentes, bem como a capacidade coletiva até o nível companhia”.
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O comandante do JRTC, General David W. Gardner, também frisou a importância da atividade. “Tem sido um exercício muito bom com a Airborn Division. Os militares integraram-se muito bem ao Batalhão. Nós não lutamos sozinhos, precisamos treinar juntos, estarmos aptos a aprendermos uns com os outros e entendermos como cada um trabalha agora, antes de estarmos de frente com o inimigo”.
O Subcomandante do Exército Sul dos Estados Unidos, General Lynn M. Heng, ressaltou a interação positiva entre as tropas. “Nos meus anos de Exército Sul (EUA), tive o prazer de interagir com os brasileiros em inúmeras ocasiões e todas as vezes trocamos muitos aprendizados e experiências. Esse tipo de exercício é importante, pois precisamos estar prontos para o combate a qualquer momento, e ele colabora para construirmos nossas capacidades defensivas”.
O Comandante de Operações Terrestres ainda destacou a contribuição de exercícios como esse para a principal missão do Exército Brasileiro. “Existimos para defender a Pátria em uma situação de conflito armado, temos que estar prontos para a guerra. É para isso que o Exército existe e esse exercício nos ajuda a estar preparados para nossa atividade-fim”.
A comitiva brasileira acompanhou um treinamento de tiro real da tropa (live fire) e reuniu-se com representantes do Exército dos Estados Unidos para acompanhar apresentações do exercício CORE 22, da história e da estrutura das tropas americanas envolvidas nesta edição.
O Comandante de Operações Terrestres do Exército Brasileiro estava acompanhado do Chefe do Centro de Coordenação das Operações Logísticas, General de Divisão Flávio Mayon Ferreira Neiva; do Adido do Exército junto à Representação Diplomática do Brasil nos Estados Unidos da América, General de Brigada Ulisses de Mesquita Gomes; do Chefe do Preparo da Força Terrestre, General de Brigada Alexandre Oliveira Cantanhede Lago; e do Comandante da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), General de Brigada Rodrigo Ferraz Silva.
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CORE 22
O Exercício CORE 22 é resultado de um programa de cooperação assinado entre Brasil e Estados Unidos, que estipulou exercícios bilaterais anuais até o ano de 2028, promovendo interoperabilidade entre os dois exércitos. O exercício também tem como objetivo contribuir para o aprimoramento do Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (SISPRON), certificando tropas do Exército Brasileiro para operações internacionais.