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As Viaturas Blindadas da Marinha do Brasil na incursão no Morro do Vidigal

Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet

 
 
Ao mesmo tempo que ocorria a ação da Rocinha, na madrugada e durante o dia 13 de Novembro, ocorria a ação no Vidigal. Esta ação teve menos cobertura da imprensa, porém tem interessantes e importantes aspectos a serem analisados.
 
Acreditamos que inclusive podem tornar-se uma referênci no emprego de veículos blindados em operações MOUT (Military Operations in Urbanized Terrain), como caracterizam as tomadas do Complexo do Alemão, Rocinha e agora Vidigal.
 
As ladeiras íngremes e estreitas tornaram difícil a operação dos CLANFs dos Fuzileiros Navais. Foram empregadas várias viaturas como os CLANF e M113, e os MOWAG Pirianha IIIC  do Corpo de Fuzileiros Navais.Porém coube aos Piranha IIIC a ação principal, eles transportaram grupos do BPChoque da PM/RJ.
 
Acompanhe a descrição das ações no texto de Wilson Guimarães Moreira, que acompanhou como correspondente integrado às unidades do BPChoque a tomada do Vidigal e produziu raro e importante acompanhamento fotográfico da ação.

 

As Viaturas Blindadas da Marinha do Brasil
na incursão no Morro do Vidigal.

 

Wilson Guimarães Moreira

 
Na madruga do dia 13 de novembro, o Batalhão de Choque da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, contou o apoio logístico da Marinha do Brasil, os MOWAG Piranhas transportaram os policias aos pontos estratégicos da comunidade, o Largo do Santinho e as partes altas do Vidigal.
 
Era possível ver muito óleo e barricadasna pista desde o acesso principal até ao alto do morro, após o largo do Santinho, a pista com muito óleo e estreita dificultou um pouco a subida, mas nada que impedisse seu trajeto, todos os pontos foram atingidos.
 
Os traficantes do Vidigal colocaram as barricadas em vários pontos de acesso ao alto do morro, fazendo uso de carros, sacos de área, lixo, tijolos e óleo. Todos os pontos traçados foram ultrapassados, ou seja, os Piranhas chegaram no objetivo para o desembarque da equipe de Choque, o alvo não era que todos os Veículos Blindados chegassem a parte altas, mas que chegassem nos pontos traçados para o desembarque.
 
Cada Viatura Blindada conduziu 08 Policias do Choque, apesar da sensação de clausura ele conta com um potente sistema de ar-condicionado.
 
A tropa embarcada permaneceu com as escotilhas fechadas  no momento da ação estavam fechadas, após a tomada do ponto acima e nos momentos de manobras era feita a segurança da tropa de Choque e o militar subia em cima do Piranha e ficava auxiliando a manobra do piloto da viatura e abaixando e erguendo a antena na parte traseira para não tocar nos fios de alta tenção. (Em alguns momentos os emaranhados de fios  originados pelos “gatonet” , engancharam  em algumas viaturas)
 
A segurança na incursão contou com uma equipe avançada do Choque que pernoitou no alto da mata e foi avançando no momento da subida dos Piranhas.
 
Os Piranha  IIIC 8×8 mostraram uma boa tração e manobrabilidade nas estreitas vielas e , somente na subida após o Largo do Santinho apresentaram um pouco de dificuldade. A operação dos blindados teve o cuidado para não afetar os prédios dos cidadãos.
 
O óleo na pista foi efetivo em alguns momentos e foi superado com um vai e vem das viaturas o que desgastou o óleo e possibilitou a subida.
 
O uso dos Piranhas na incursão teve toda a diferença na operação, o que não seria possível com uma viatura normal, essa demonstração de força e a inteligência montada para ação, fez como que a atuação realizada fosse feitasem que houvesse um único disparo de arma de fogo na intervenção.

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