No dia 16 de novembro, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) iniciou a Manobra Escolar 2020, maior exercício militar do Exército Brasileiro. Com a participação de mais de três mil militares da AMAN, do Batalhão de Comando e Serviços e de mais de 60 unidades militares, a atividade finaliza o ano de instrução. A manobra se estenderá até 20 de novembro, em Resende e nos municípios vizinhos.
Realizado com a participação de cadetes de todos os cursos da AMAN, o exercício é uma grande atividade prática de emprego militar simulado, baseada em situações-problema pré-estabelecidas. O Comandante da AMAN, General de Brigada Paulo Roberto Rodrigues Pimentel, destacou a importância da manobra para a formação dos cadetes. “Esse é o momento em que coroamos a instrução de todos os cursos. É na Manobra Escolar que integramos as Armas, os Quadros e os Serviços, de forma que o cadete consiga contextualizar melhor o papel de cada Arma em um conflito”.
O Comandante ressaltou, ainda, a preocupação em desenvolver ações simuladas em consonância com a atual realidade dos conflitos. “A essência da manobra é o combate convencional, mas ela acompanha a evolução do conflito moderno e insere o combate não linear e a guerra híbrida”.
O Cadete de Infantaria Adilson, do quarto ano, frisou a importância da aplicação das teorias. “Para nós, que estamos indo para a tropa, a manobra é uma experiência ímpar. Temos oportunidade de exercer funções de comando e estamos aqui para ver coisas que poderemos vivenciar no futuro”.
Também do Curso de Infantaria do quarto ano, o Cadete Estevão é um dos que assumiram funções de comando na atividade. Comandante da Companhia de Apoio, com função logística, o infante também destacou a importância do exercício. “É aqui que aplicamos todo o conhecimento que adquirimos no ano de instrução”.
Apronto operacional
Em 16 de novembro, a Manobra Escolar foi iniciada com o apronto operacional, oportunidade em que todos os cursos verificam se efetivo e equipamentos estão preparados para suas missões. Diferente de anos anteriores, a atividade foi realizada de forma segregada nos respectivos parques de cada curso – cada qual com uma programação específica adaptada às suas missões. Mesmo assim, o objetivo do exercício continuou o mesmo.
“Essa verificação não se dá apenas no aspecto material, mas também serve para analisarmos se o militar sabe qual será sua missão”, reforçou o Major Mellinger, Instrutor-Chefe do Curso de Infantaria. O Major Clériston, do Curso de Engenharia, também ressaltou o apronto operacional como um passo fundamental na preparação para o combate. “Esta é a última oportunidade que o cadete tem de verificar o armamento e o equipamento antes do cumprimento de sua missão, de checar se o seu material individual e o coletivo estão em condições”.