Durante a Operação Ágata 5, aeronaves da Força Aérea Brasileira estão transportando equipes de inspetores compostas por oficiais da Aeronáutica e integrantes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para fiscalizar as atividades de aviação em toda a área de operação que abrange os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Os inspetores analisam todas as condições necessárias para a operação aérea: documentação e manutenção das aeronaves, dos pilotos, as condições das pistas de pouso e dos pátios de estacionamento e até o combustível das aeronaves. Tudo tem de estar de acordo com a legislação vigente.
Cada aeronave leva também uma equipe de segurança com militares da Infantaria da Aeronáutica que tem a função de proteger os inspetores e a tripulação. “Com o apoio da FAB podemos fiscalizar localidades muito afastadas onde seria difícil chegar só com a estrutura da ANAC”, diz o inspetor da ANAC Gustavo Luiz Urruth.
Nesta terça-feira (07/08), uma das equipes sobrevoou duas pistas de pouso no extremo sul do país, na localidade de Santa Vitória do Palmar. “Estas pistas estão interditadas, mas mesmo assim havia aeronaves agrícolas no local”, informa o inspetor da ANAC, José Batista Alves Neto. “Nós fotografamos e filmamos as aeronaves e agora vamos averiguar se elas têm alguma autorização especial para operar ali. Caso contrário, poderão ser autuadas”, revela.
Já no primeiro dia da Operação Ágata 5, na segunda-feira (06/08), uma equipe de inspetores de aviação civil encontrou irregularidades na cidade de Arroio Grande. “Uma empresa de aviação agrícola estava fazendo reparos em uma aeronave sem contar com uma oficina homologada”, diz o Tenente-Coronel Paulo Henrique da Costa, Inspetor de Aviação Civil da FAB.
Um dos principais pontos da Operação Ágata 5 é a interação entre as Forças Armadas e as agências governamentais. “As vezes, por estar em um local afastado os profissionais de aviação podem ter a falsa ideia de que podem descumprir as normas do Código Brasileiro de Aeronáutica, mas isso é um erro. A fiscalização pode chegar a qualquer ponto do território”, afirma o Tenente-Coronel-Aviador Nilson Adão de Oliveira, coordenador do apoio à ANAC na Ágata 5.