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ÁGATA 4 – Ataque da Força Aérea a pista clandestina na Amazônia

Dois caças A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira atacaram, ao meio-dia deste Sábado (12/05), uma pista clandestina a 218 quilômetros de Boa Vista, capital de Roraima. O local foi atingido por bombas aéreas de fins gerais BAFG de 230 quilos. O impacto dos artefatos no solo formou  crateras de dez metros de diâmetro e três de profundidade. A ação faz parte da Operação Ágata 4, do Ministério da Defesa, que reúne as três Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea) e diversas agências governamentais.

A 700 quilometros de distância, em Manaus, a ação foi acompanhada em tempo real pelo Comando da Força Aérea na Operação Ágata 4. “Esta pista, que era usada pelo garimpo irregular e ajudava a causar danos ambientais naquela região, está interditada. Nenhuma avião consegue pousar ali”, afirma o Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da FAB na operação.

A ação foi executada pelos caças do Esquadrão Escorpião (1º/3º GAV). Foram empregados dois caças A-29 que se aproximaram da pista a 1,2 mil metros de altitude e iniciaram um mergulho até 600 metros, a altitude ideal para o bombardeio. As bombas foram lançadas e atingiram o solo a uma velocidade de 550 quilômetros por hora. O ataque foi muito preciso”, afirma o Tenente-Coronel Mauro Bellintani, Comandante do Esquadrão Escorpião.

O armamento utilizado é conhecido como Bomba de Baixo Arrasto para Fins Gerais ou (BAFG 230). Com 2,22m de comprimento e 27 cm de diâmetro, o artefato é produzido no Brasil e pesa 500Kg.

A pista destruída tem 280 metros de comprimento e 15 metros de largura. A Aeronáutica fez o primeiro reconhecimento do local no dia 11 de abril. Foram feitas imagens da pista com auxílio de sensores infra-vermelhos. O levantamento apontou que locais próximos a pista já sofrem desmatamento pela intervenção dos garimpeiros. O local é utilizado na exploração de ouro. A atividade de garimpo além de explorar ilegalmente os recursos minerais provoca danos à vegetação e polui o Rio Catrimani por causa da utilização de mercúrio no processo. 

A seleção da pista que foi destruída é uma ação conjunta da Operação Ágata 4 que envolveu além da Força Aérea Brasileira a FUNAI, a Polícia Federal e o Exército Brasileiro.

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