PORTAL SISTEMA MPA
com Julio Ottoboni – DefesaNet
REDEMET, Rede de Meteorologia da Aeronáutica, deixou de operar na manhã de hoje (28) onze radares meteorológicos espalhados por todo território brasileiro. Os radares, estimados em 4 milhões de reais cada, faziam parte do serviço oferecido pela Aeronáutica aos operadores aéreos militares e comerciais como forma de transmitir em tempo real as condições climáticas garantindo assim um maior nível de serviço e segurança aos viajantes brasileiros e internacionais.
Em contato com a assessoria da Aeronáutica fomos informados que os seguintes radares foram desativados por tempo indeterminado:
– Radar Meteorológico Gama | DF | Desligado por Tempo INDETERMINADO |
– Radar Meteorológico Petrolina | PE | Sem previsão de restabelecimento |
– Radar Meteorológico São Francisco | MG | Sem previsão de restabelecimento |
– Radar Meteorológico São Luis | MA | Sem previsão de restabelecimento |
– Radar Meteorológico Santa Teresa | ES | Desligado por Tempo INDETERMINADO |
– Radar Meteorológico São Roque | SP | Desligado por Tempo INDETERMINADO |
– Radar Meteorológico Tabatinga | AM | Maxcappi inoperante – Sem previsão de restabelecimento |
– Radar Meteorológico Três Marias | MG | Desligado por Tempo INDETERMINADO |
– Radar Meteorológico Pico do Couto | RJ | Desligado por Tempo INDETERMINADO |
– Radar Meteorológico Cruzeirod do Sul | AC | Maxcappi inoperante – Sem previsão de restabelecimento |
– Radar Meteorológico Tefé | AM | Maxcappi inoperante – Sem previsão de restabelecimento |
O motivo foi confirmado como sendo necessário em decorrência das restrições orçamentárias enfrentadas pela Aeronáutica com a falta de repasse do Governo Federal. O fato ocorre dias após o rebaixamento do espaço aéreo pela IFALPA (International Federation of Air Line Pilot’s Association), órgão internacional responsável pela classificação dos espaços aéreos pelo mundo.
O rebaixamento ocorreu devido ao alto número de incidentes envolvendo aeronaves e balões ilegais. Após este rebaixamento o Brasil passou a ser classificado como Black Star (Criticamente Deficiente), tal rebaixamento tem efeitos muito sérios, não apenas em relação à segurança, mas também financeiros para as companhias aéreas.
Com a desativação dos radares fica claro o descaso do poder público com a situação crítica do espaço aéreo brasileiro, aumentando de forma significativa o risco de acidentes.