Marinha, Exército e Força Aérea iniciaram em 17 de setembro, na região Norte do país, a Operação Amazônia. Sob a coordenação do Ministério da Defesa, as três Forças treinam em conjunto para a defesa da área. Manobras dessa natureza ajudam a desenvolver os processos de logística e comunicações militares, bem como sedimentar doutrinas operacionais vitais para o emprego das Forças Armadas.
Durante a operação, a Força Aérea Brasileira testa um novo formato de comando e controle. O comando dos meios aéreos empregados no treinamento está em Manaus, mas o centro responsável pela execução das missões está no Rio de Janeiro, a mais de 4 mil quilômetros. “Nosso objetivo é empregar o novo procedimento nos grandes eventos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo”, afirma o Comandante da Força Aérea na Operação Amazônia, Major-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral.
Segundo ele, o sistema permitirá que cada cidade-sede dos jogos tenha um centro de operações aéreas descentralizado. Na operação, por exemplo, haverá simulação de ataque estratégico envolvendo caças A-1 e F-5M, aeronaves de controle, alarme e reabastecimento em voo. “No novo sistema, a diretriz de ação parte do comando em Manaus, o planejamento do pacote é executado no Rio de Janeiro e as aeronaves decolam para a missão de várias partes do país, como Anápolis, Porto Velho e Manaus, para atacar um alvo simulado”, exemplifica o comandante.
O oficial-general está na capital amazonense com os militares que participam do treinamento conjunto. O centro de comando dos meios aéreos fica no Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV). A área de abrangência da Operação Amazônia inclui os Estados do Acre, Rondônia, Pará e Amazonas.
A FAB mobiliza, direta e indiretamente, quase 6 mil militares de 16 esquadrões de voo e outras 12 unidades de diversas partes do país. Ao todo, serão empregadas na Operação Amazônia 36 aeronaves, entre elas, helicópteros, aviões de reconhecimento, de caça, de transporte e de reabastecimento.
Até o final do mês, militares das Forças Armadas realizam na região várias missões como lançamento de paraquedistas e cargas e pouso de assalto, técnica utilizada para infiltrar e retirar tropa de determinada área. Pilotos e equipes de manutenção também vão treinar operações de reabastecimento em voo e emprego de equipamentos de visão noturna (NVG).
Trata-se do 10º exercício desse porte realizado na região Amazônica desde 2002, com o objetivo de aprimorar o trabalho conjunto das Forças Armadas para atuar, de forma coordenada e eficaz, na defesa da região.