A Operação Hóplon, com o apoio dos órgãos de segurança pública em cidades do Paraná e de Santa Catarina, e execução pelos militares do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC), averiguou estabelecimentos que vendem ou fazem uso de materiais como armas, munições e explosivos. A missão contou com 18 equipes espalhadas pelos 2 estados, e fiscalizaram 150 empresas, superando a meta de 132 empresas em uma semana. Dessas, 27 foram autuadas por irregularidades no trato com o produto controlado, 2 sofreram apreensões de material e uma resultou em prisão.
"O objetivo da Operação Hóplon é inspecionar todas as empresas que vendem ou fazem uso de produtos controlados e que possuem registro no Exército. Nós verificamos a documentação da empresa, conferimos como estão sendo feitos os procedimentos de entrada e saída de material e se os sistemas que essas empresas precisam preencher estão sendo preenchidos da forma correta", explicou o Capitão Klinger, coordenador da operação na região de Londrina (PR).
Nas lojas de comercialização de armas e munições, os fiscais do Exército verificaram a documentação, como o Certificado de Registro (CR), o mapa de controle do armamento e de munições em estoque, o movimento de entrada e saída desse material, as notas que comprovam as vendas dos produtos controlados no mês e os procedimentos de cada venda, como a emissão da guia de tráfego.
Para o proprietário de uma loja no centro de Londrina, a fiscalização serviu até como uma aula de gestão. "A nossa empresa está com a documentação toda em dia, então a fiscalização do Exército foi mais no intuito de nos orientar no processo de gestão. A partir das orientações, vamos começar a organizar mensalmente a entrada e saída de material, além de fazer a guia de tráfego, que é uma coisa que não estávamos fazendo", contou o empresário Régis Ferreira.
Pedreiras e mineradoras
Já em pedreiras ou mineradoras que fazem o uso de explosivos, primeiro a verificação é para saber se elas estão com os registros em dia, se contratam uma empresa terceirizada para efetuar as explosões e se essa empresa está regularizada. Também é verificado se a pedreira faz as próprias explosões e se possui depósito adequado para guardar esse material, além de averiguar se o próprio emprego de explosivos está sendo feito de forma correta.
"A gente verifica toda a documentação da empresa terceirizada, se está tudo certo, se tem a licença de detonação em dia, e se tem escolta dos explosivos. Tudo para não correr o risco de ter algum problema. Sabemos que a fiscalização do Exército é rigorosa. Temos muito tempo no mercado e seguimos todos os procedimentos", afirmou Luciano Ribeirete Garcia, gerente de uma pedreira na região de Londrina.
A Operação Hóplon, no Paraná e Santa Catarina, é coordenada pelo Chefe da SFPC/5 e segue em ritmo intenso de fiscalização em cidades de abrangência da 5ª Região Militar.