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450 Militares de São Paulo embarcam para atuarem na acolhida a imigrantes venezuelanos em Roraima

Os 450 militares do Comando Militar do Sudeste (CMSE) que atuarão na Operação Acolhida embarcaram para Roraima nesta segunda-feira, dia 29, em aeronaves da Força Aérea Brasileira, na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP). No domingo (28), o Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, presidiu uma solenidade de despedida no 4º Batalhão de Infantaria Leve (4º BIL), em Osasco (SP).

Os militares integrarão o 5º contingente da Força-Tarefa Logística Humanitária em Roraima (FT Log Hum-RR) e passarão três meses em Boa Vista e Pacaraima acolhendo imigrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade.

Para isso, foram submetidos a treinamento no 4º Batalhão de Infantaria Leve (4º BIL), em Osasco (SP), com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da Organização Internacional de Migração (OIM) e de estudantes de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Os militares assistiram a palestras de ambientação sobre a situação na fronteira com a Venezuela, receberam instruções de como acolher os imigrantes e realizaram exercícios de simulação.

Os trabalhos de acolhimento preveem recepção e identificação dos imigrantes, fornecimento de documentos, montagem e manutenção dos abrigos, atendimento médico e odontológico, vacinação, dentre outros.

Operação Acolhida

Em 2018, o Presidente da República reconheceu a situação de vulnerabilidade no Estado de Roraima decorrente do fluxo migratório provocado pela crise humanitária na República Bolivariana da Venezuela.

Tal imigração em massa resultou no aumento populacional desordenado e imprevisível, na dificuldade de prestação de serviços públicos essenciais e na necessidade de acolhimento a essas pessoas.

Dessa forma, o Presidente da República autorizou a execução da Operação Acolhida, sob a coordenação do Ministério da Defesa, com o emprego dos meios necessários para o apoio logístico a órgãos públicos, com vistas a cooperar no desenvolvimento de atividades humanitárias no Estado de Roraima.

Como desdobramento, coube ao Exército Brasileiro as missões de realizar ações necessárias ao acolhimento humanitário de imigrantes venezuelanos e coordenar o trabalho de vários ministérios e agências, sendo estabelecida a Força-Tarefa Logística Humanitária em Roraima.

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