Brasília (DF) – No dia 26 de outubro, uma cerimônia marcou a entrega do Facão do Guerreiro de Selva. A 120ª versão do evento aconteceu em Brasília, no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), com a presença de oficiais e praças combatentes de selva.
Pela primeira vez, a tradicional solenidade não aconteceu na Região Amazônica. Paralelo à Reunião do Alto-Comando, que acontece no Quartel-General, o evento possibilitou a participação do Comandante do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, e de oficiais-generais de todo o Brasil.
A cerimônia busca manter viva a “mística” do Guerreiro de Selva e acontece desde 2004, quando o facão passou a ser padronizado, e é realizada em um “tapiri”, típica estrutura construída pelos índios.
No centro do dispositivo, é aceso um fogo em torno do qual os guerreiros reúnem-se para se proteger, falar de suas conquistas e confraternizar.
Ao receber o facão do seu paraninfo, o militar afirma: “Recebo e não devolvo!”, confirmando o compromisso assumido com a Amazônia e nosso País. “Nós, soldados, vivemos de tradições e vivemos a mística de soldado, isso é importante, pois nos motiva a sermos os preservadores da fauna e da flora, os defensores dos mais humildes.
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Muito importante para nós o recebimento do Facão”, afirma o Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Geraldo Antonio Miotto. “A cerimônia é mística e tem valor simbólico para o Guerreiro de Selva muito grande. O facão é um instrumento de trabalho do guerreiro, um artefato que simboliza tudo o que a gente acredita. O nosso facão é uma joia-arma e também um instrumento para usar nas operações”, explica o Comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), Coronel Nilton de Figueiredo Lampert.
Os guerreiros de selva formados pelo CIGS, desde o curso pioneiro em 1966, passaram a constituir um grupo de militares especializados em operações na selva.
O CIGS, considerado um dos melhores centros de formação de combatentes de selva, seguindo a tradição das tropas de elite do mundo, criou o facão do guerreiro de selva, símbolo de um de seus principais instrumentos de trabalho e de combate.
O Facão do Guerreiro de Selva
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O “Facão do Guerreiro de Selva” é constituído de lâmina em metal preto-fosco, de alta resistência, de duplo corte, em formato de meia-lua. Em uma das faces, possui as inscrições “Guerra na Selva” e “CIGS”, seguidas do número de série.
A outra face é personalizada com a inscrição do nome de guerra e do número de guerreiro de selva do detentor. Na extremidade do cabo, uma cabeça de onça, em metal dourado ou na cor negra, representa o animal-símbolo da guerra na selva.
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