Instituto Militar de Engenharia (IME), situado na Urca, no Rio de Janeiro, recebeu visita do ministro da Defesa, Celso Amorim, para conhecer os projetos desenvolvidos pela escola. O IME é o centro de ensino de graduação, pós-graduação e especialização para civis e militares.
Na visita, Amorim destacou a variedade dos dez cursos de engenharia oferecidos, como mecânica, eletrônica, de computação, de Defesa, entre outras. Ele afirmou que há compromisso com o desenvolvimento tecnológico do país, já assumido pela presidenta Dilma Rousseff, do qual o instituto faz parte.
Visita ao IME
Na escola, Amorim foi recebido pelo comandante do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri, e pelo comandante do IME, general-de-brigada Rodrigo Balloussier Ratton. O general Ratton citou as áreas de engenharia abrangidas pela escola e apresentou os chefes das sessões internas do instituto.
Logo após, o comandante do IME fez breve palestra sobre a escola, ressaltando missão e visão do centro de ensino, abordagem pedagógica, operações realizadas, parcerias com instituições de fomento, entre outros. Uma das visões é “ser reconhecido nacional e internacionalmente”, como afirmou o general Ratton. Sobre isso, ele mostrou indicadores de avaliação, que colocam o instituto com conceito máximo na maioria dos quesitos. “É a primeira escola de engenharia das Américas e a terceira do mundo”, destacou.
O comandante expôs, também, que um dos maiores desafios da escola é “conjugar o sistema de ensino federal com a formação militar do Exército”. “Saber unir a flexibilidade com a rigidez” é o caminho. Atualmente, o IME conta com corpo docente de 186 professores, entre militares, civis e colaboradores. Na graduação são 444 alunos e na pós graduação o número é de 283.
Projetos
O ministro conheceu os laboratórios e teve explicações sobre alguns projetos em desenvolvimento na escola, como, por exemplo, a participação na implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital – a cargo do Laboratório de Processamento de Imagem.
Entre os programas em desenvolvimento, Amorim assistiu a exposição da coordenadora do projeto “Soluções Energéticas para a Amazônia”, Wilma de Araujo Gonzalez, professora civil. A iniciativa desenvolve biodiesel e óleo in natura com aproveitamento da cadeia produtiva, como solução de energia sustentável.
Outra pesquisa foi a apresentada pelo coronel Alaelson Vieira Gomes, que realiza o processamento e a avaliação de placas cerâmicas convexas para blindagem. De acordo com o coronel, esse material pode ser aplicado em guaritas policiais, veículos, coletes anti-balas e na fachada de escolas e creches. “É importante que as empresas se interessem pelo projeto”, destacou.
Celso Amorim também conheceu estudos sobre misturas asfálticas, robótica e inteligência artificial, desenvolvimento de Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants), Laboratório de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, entre outros. O ministro afirmou que “já sabia da excelência do IME”, mas impressionou-se com os projetos que presenciou. Para ele, a visita foi “muito positiva”.
Ao ser perguntado sobre qual o conselho que daria aos futuros engenheiros, Amorim concluiu, “É o conselho que dou a qualquer aluno: estudem muito! E continuem mantendo o idealismo, que é um bom combustível para o resto da vida.”