Hugo Studart
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Nós, os Estoicos, já sabemos há 24 séculos que tudo tem anima (alma) — cada Ser Humano, animal, vegetal, mineral ou ecossistema, é tudo microcosmos do mesmo Cosmos. No Século VI, São Bento criou uma jornada de contemplação da Natureza como método de oração; e Francisco de Assis veio pelo mesmo caminho quando, inspirado pela Alteridade, compôs o Cântico das Criaturas (Irmão Sol, Irmã Lua), reconhecendo a Vida e a Sacralidade em todas as manifestações da Natureza.
Depois vieram os magos-alquimistas tentando extrair a alma de microcosmos. Dr. Hahnemann conseguiu chegar lá ao descobrir a homeopatia; e Dr. Bach deu outro passo relevante nesse processo estoico ao descobrir os florais, cujas essências fazem a alquimia da alma. Entre um e outro — pela vertente política — tivemos as propostas de anarquista Proudhon de materialização das utopias em sistemas sociais.
Na virada das décadas de 1960-70, Lovelock apresentou a Hipótese Gaia, hoje aceita como teoria, segundo a qual a Terra não é geo (massa mineral, morta), mas um sistema vivo, um só corpo, tal qual a deusa Gaia dos gregos. Todos esses fragmentos se uniram na proposta de Arne Naess da Ecologia Profunda, que prega, com viés acadêmico, aquilo que nós, os estoicos, e nossos sucessores já sabiam — o respeito à Natureza como método de descoberta da própria Alma e de ir ao encontro do Ser Superior.
E ainda têm os Verdes dos Anos 1980, que adotaram as propostas de Lovelock e de Naess de buscar a integração entre Homem e Natureza como política de preservação e restauração dos ecossistemas.
Isto posto: peço venia para mandar esses ambientalistas pós-modernos à puta que pariu!
Por quê? Ora, porque há uns 30 anos o capitalismo selvagem neo-liberal globalizante passou a financiar uma nova tribo, os ambientalistas, adotou o discurso da tal "sustentabilidade", cuja proposta é adiar o colapso dos recursos naturais pela mitigação, ou seja, reciclagem de lixo, alimentação orgânica, etc., mas sem nada fazer de efetivo para nos tirar do colapso.
Ambientalistas não têm nada a ver com ecologistas. São opostos-contraditórios. Ecologistas derivam das escolas espiritualistas, a começar pela Estoica, passando pelas beneditina e franciscana até chegar no movimento Verde. Todas elas pregam a integração Homem-Natureza e, na agenda atual, a necessidade urgente de restauração dos ecossistemas degradados.
Ambientalistas, por outro lado, derivam do capitalismo neo-liberal. Do alto de seus tênis Nike, tatuagens de cannabis (e agora de girafas), rabo-de-cavalo da Pedrita Flinstone (eles acham que seria de samurai) e discurso politicamente-correto, pensam que inventaram a roda. O que eles pregam, em síntese, é separar o Homem da Natureza, confinando as serpentes e veadinhos em parques — e os homens em selvas de pedra.
A luta pela internacionalização da Amazônia como patrimônio da humanidade, em nome de uma suposta preservação, crescimento dos parques e das reservas indígenas, é um dos itens da agenda ambientalista global — talvez o item principal.
Ambientalistas movimentam-se em ONGs alimentadas com dinheiro europeu (ou dinheiro público). Eles têm como método de trabalho a extorsão dos produtores rurais por meio de denúncias para a venda de projetos ambientais. Trata-se, enfim, da Máfia Verde, cujo resultado prático final é aumentar a antipatia pela causa ecológica e, na ponta, provocar mais devastação dos recursos naturais.
Diante da atual polêmica sobre o desmatamento da Amazônia, e em nome dos estoicos, dos beneditinos, dos franciscanos, dos alquimistas, dos homeopatas, dos ecologistas e dos Verdes, quero vir a público enviar um recado aos tais ambientalistas, na língua de Macron:
— Merde pour vous, va te faire foutre, bande de fils de pute!