Nota DefesaNet O feito hitórico e de importância transcendental teve pouco ou mínima repercussão na mídia brasileira.. O Brasil volta as costas para aquilo que ele mesmo ajudou a desenvolver. O conceito atual é o do Drop-in, ou seja o combustível Biofuel deverá usar as mesmas instalações e equipamentos hoje disponíveis e também o seu emprego não gerar mudanças ou modificações nas turbinas. Leia as notas da Boeing e Gol GOL1408 – 1º Voo Comercial com Biofuel Link O Editor |
Nota da GE Turbinas
O Brasil começou a ver nesta semana os primeiros frutos do desenvolvimento de uma indústria de biocombustíveis para a aviação. O primeiro voo comercial do País utilizando bioquerosene, em um trajeto de 1.176 quilômetros entre os aeroportos de Congonhas (SP) e Brasília (DF), foi realizado nesta quarta-feira (23), por uma aeronave Boeing 737-800 operada pela GOL e equipada com motores CFM-56 da GE, tornando o Dia do Aviador ainda mais histórico,. O ato inaugurou a Plataforma Brasileira de Biocombustível, cujo desenvolvimento é liderado por um grupo que reúne GE, GOL, Boeing, Amyris, Associação Brasileira das Empresas Aéreas(ABEAR) e União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (UBRABIO).
A Plataforma representa um projeto nacional para pesquisar e desenvolver uma cadeia produtivade diferentes matérias primas em várias regiões do Brasil, reunindo os recursos naturaisnecessários para disseminar o uso do bioquerosene na aviação. Com a iniciativa, o País poderá se tornar a primeira nação a ter uma indústria sustentável de biocombustíveis para o setor – partindo da pesquisa, passando pela produção da biomassa e chegando até a utilização nos voos.
As principais metas da Plataforma incluem a suspensão do crescimento da emissão de carbono a partir de 2020, além de uma redução de 50% da liberação do carbono na atmosfera até 2050, sempre em relação aos níveis de 2005. Uma análise do ciclode vida do combustível renovável produzido pela Amyris indica uma redução potencial de 80% ou mais da emissão de gasesde efeito estufa durante um voo, em comparação com o querosene de origem fóssil.
O primeiro voo com biocombustível no espaço aéreo brasileiro foi abastecido em 25% com combustível elaborado a partir de uma mistura feita pela Petrobras com óleo de cozinha e óleo de milho não comestível. O primeiro desafio da Plataforma é tornar o custo de produção do bioquerosene equivalente ao combustível derivado de fonte fóssil.
“A aviação tem sido uma das paixões da GE, desde sempre, e estamos honrados em poder fazer parte deste projeto ambicioso, totalmente conectado com um dos maiores desafios da aviação, que é inovar para reduzir os custos operacionais do setor e a emissão de gases de efeito estufa”, diz Gilberto Peralta, presidente e CEO da GE do Brasil. “Somos uma empresa focada em inovação e, definitivamente, ampliaremos a nossa participação em parcerias como esta”.
Eficiência energética
Nos últimos anos, a GE tem dedicado grande foco ao desenvolvimento e lançamento de tecnologias sustentáveis para a aviação. Em junho de 2012, durante a conferência Rio+20, a companhia foi parceira tecnológica em dois voos-teste promovidos por GOL e Azul, com aeronaves abastecidas com biocombustível.
Em setembro passado, em busca de maior eficiência nas operações aéreas com a redução do consumo de combustível e da emissão de gases poluentes, a GE Aviation ajudou a promover o projeto Céus Verdes do Brasil, em parceria com algumas das principais empresas e entidades do setor. O estudo levou ao cálculo de uma economia operacional de mais de US$ 75 milhões, ao longo de cinco anos, somente no aeroporto internacional de Brasília (DF).
Além disso, o primeiro Centro de Pesquisas Global da GE na América Latina, o quinto do mundo, com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2014 no Rio de Janeiro (RJ), conta com uma área dedicada à bioenergia, que tem entre seus principais focos de trabalho a produção de pesquisas com biocombustíveis para a aviação.