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Gen Pinto Silva – Defesa da Ética na Política e o Combate à Corrupção

 

Carlos Alberto Pinto Silva.[1]

 

Com o agravamento da situação política e social no Brasil, e as reações devido à indignação popular com a falta de honestidade e ética na atividade política, os fatos repercutem no interior da nossa sociedade, e temos o surgimento de novos Pontos de Ruptura.

 

Os Pontos de Ruptura são momentos de grande sensibilidade da vida Nacional. Devemos acreditar que, na maioria das vezes, uma situação ou um momento especifico (Ponto de Ruptura) acontece para reunir pessoas respeitáveis que acreditam na Defesa do Estado Democrático de Direito, da Ética, e da Honestidade na vida pública.

 

O Ponto de Ruptura desafia a sociedade brasileira a ver, pensar, agir, se indignar, e a reagir.

 

Empatia é a habilidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa ou grupo imaginando-se nas mesmas circunstâncias, dese colocar no lugar do outro, de enxergar com os olhos do outro, desentir o que o outro sente e defender a mesma causa. A formação de grupos com vínculos empáticos ajudaria a mudar o Brasil.

 

Pessoas unidas pensam de forma criativa e podem reparar mal feitos e injustiças.

 

“Há momentos em que a vontade de um punhado de homens livres vence o determinismo e abre novos caminhos”. “Os povos têm a história que merecem”.[2]

 

A união faz a força, tanto entre os membros de uma mesma causa, como no objetivo da própria causa. Todas as causas são nobres, mais não se pode perder o foco.

 

Se quisermos mudanças radicais no Brasil, precisaremos aproveitar as oportunidades que Pontos de Ruptura nos oferecem, romper com o passado, e ter mentalidade, habilidades políticas e sociais novas.

 

A VIDA OU A MORTE

“………………………………………………………………………………………………………

11. Ora, este mandamento, que hoje te ordeno não te é difícil demais, nem está longe de ti.

12. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós ao céu, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos?

13. Nem está do outro lado do mar, para dizeres: Quem atravessará por nós o mar para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos?

14. Pois esta palavra está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires “(Deuteronômio 30)”.

 

NO BRASIL, NÃO SE DESEJA ATINGIR O CÉU OU ULTRAPASSAR MARES, MAS…

 

– Que a sociedade brasileira passe a ver, pensar, se indignar, e a reagir com a atual situação política, com congresso legislando em causa própria, com a corrupção e a falta de ética no trato da coisa pública;

 

– Que o povo brasileiro defenda o trabalho da Justiça Federal, da Procuradoria da República, da Polícia Federal e da Receita Federal no combate a corrupção;

 

– Que se formem grupos empáticos, na nossa sociedade, comprometidos com as ideias acima, e com a defesa do Estado Democrático de Direito.

 

“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam”.[3]

 

O momento atual exige que a “sociedade”, em si, seja diferente, e o diferencial estará cada dia mais na capacidade de mudar, de ver, pensar, agir, se indignar e reagir.

 

Brasileiros éticos e honestos existem, o que falta é imporem a sua marca e desafiar o leão em seu covil.

 

A reação tem que começar em algum lugar e de alguma forma, não fique apenas no previsível, se formos iguais manteremos a rotina política e social de sempre, e jamais daremos o grande salto político e social que o Brasil precisa.

 

Grandes sonhos exigem pequenos começos. Que construamos uma história de pequenas vitórias com a derrota da corrupção, da falta de ética na política e do descaso com a coisa pública.

 

A reação não é um problema de governo, oposição, poder legislativo ou judiciário; é da sociedade brasileira, para por um “Ponto Final” em tudo isto.“Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende da nossa vontade e perseverança”. Einstein.

 

As instituições e a sociedade têm que buscar, a todo custo “Serem Relevantes” nesta luta. Chega de irresponsabilidade.

 

                                                                                                                                   


[1] Carlos Alberto Pinto Silva / General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.

[2] De Gaulle.

[3] ArnoldJ. Toynbee.                                                                                                                                                       


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