Joel Rosa
Em Tempo
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em sua conta no Twitter que sua equipe está estudando casos internacionais que tiveram sucesso no combate ao crime organizado. Nesse contexto, ele escreveu neste sábado (31) que "a sociedade deve ser estimulada a reagir à ideia de que 'o criminoso é vítima da mesquinheza social". Segundo ele, a vítima é a sociedade.
As afirmações de Villas Bôas ocorrem em um momento no qual o Rio de Janeiro passa por uma intervenção federal que conta com o apoio das Forças Armadas por meio de uma operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) –decreto que dá aos militares poder de atuar na segurança pública.
Em fevereiro, logo após o anúncio da intervenção, o comandante convocou o Exército brasileiro a apoiar a medida (httos://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/02/16/comunicado-do-comandante-do-exercito-diz-que-solucao-de-crise-no-rio-exioira-sacrificios.htm). E, na ocasião, disse que a solução da crise na segurança pública fluminense exigiria "comprometimento, sinergia e sacrifício dos poderes constitucionais, das instituições e, eventualmente, da população."
Das ações similares no combate à insegurança pública depreendidas do estudo comparativo em outros países, destaco como 3° ponto que: A sociedade deve ser estimulada a reagir à ideia de que "o criminoso é vítima da mesquinheza social". Vítima é a sociedade. Criminoso é criminoso! 11:11 – 31 de mar de 2018
O general não havia desenvolvido mais o raciocínio sobre o combate à ideia de que o criminoso seria vítima da "mesquinhez social" até às 15h30 deste sábado. Ele não fez referência a nenhuma situação nem pessoa ou instituição específica na publicação.
Alguns analistas e ativistas costumam atribuir a fatores sociais a cooptação de membros pelo crime organizado. Um dos argumentos principais é que o criminoso teria poucas oportunidades para seguir por outros caminhos.
Em duas publicações anteriores, Villas Bôas destacou outros fatores que ajudariam no combate ao crime organizado no Brasil.
Ele citou a "centralização da segurança pública e ações sociais para permitir o avanço coordenado nas comunidades". ( ver abaixo os três tuites do Gen Villas Boas referentes à Segurança Pública)
Das ações similares no combate à insegurança pública depreendidas do estudo comparativo em outros países, destaco como 3º ponto que: A sociedade deve ser estimulada a reagir à ideia de que “o criminoso é vítima da mesquinheza social”. Vítima é a sociedade. Criminoso é criminoso!
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 31 de março de 2018
Continuando a divulgação de temas coincidentes da nossa análise sobre segurança pública em outros países, cito: 2) reaparelhamento das estruturas de segurança, melhoria das condições de trabalho e valorização social do policial.
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 30 de março de 2018
Minha assessoria estudou em outros países casos de sucesso no combate ao crime organizado. Destacarei em próximos twitters ações que podem ser aplicadas aqui no nosso país: 1) Centralização da segurança pública e ações sociais para permitir avanço coordenado nas comunidades.
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 28 de março de 2018
A segurança pública é uma atribuição dos Estados, segundo a Constituição em vigor no país. Porém, em fevereiro o governo federal criou o Ministério da Segurança, que tem como uma de suas principais missões integrar o trabalho dos órgãos policiais de todo o país.
Durante a intervenção no Rio, em ao menos uma ocasião, os interventores combinaram ações armadas com mutirões de assistência social em uma favela da zona oeste. A ideia era ganhar a confiança da população e estimular denúncias sobre o paradeiro de criminosos procurados e esconderijos de armas.
No Twitter, Villas Bôas também defendeu o "reaparelhamento das estruturas de segurança, melhorias das condições de trabalho e valorização social do policial".
A afirmação ocorre no momento em que o interventor federal no Rio, o general Walter Braga Netto, tentar reestruturar e reequipar a polícia fluminense.
O Juiz Sergio Moro aborda com maestria a intervenção federal no RJ, suas consequências e reflexos. Dentre os temas, citou a tragédia da corrupção, foco de tantos desvios de nossa sociedade. Parabéns pela lucidez! https://t.co/oHOMirRkAs via @VEJA
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 9 de março de 2018
Artigo muito sensato do Jornalista @gabeiracombr. É chegada a hora de parar de procurar em cada ação desencadeada pela Força Terrestre uma oportunidade de crítica inconsistente e de base ideológica ao @exercitooficial – A luta contra fantasmas https://t.co/PCjkk0jKJG
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 1 de março de 2018