Nesta terça-feira (01/03) foi firmado o acordo de acionistas que cria a Logum Logística S.A., empresa que será responsável pela implantação de um abrangente sistema logístico multimodal para transporte e armazenagem de etanol. A sociedade anônima fechada de capital autorizado é composta por ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal divididas da seguinte forma: Petrobras, 20%; Copersucar S.A., 20%; Cosan S.A. Indústria e Comércio, 20%; Odebrecht Transport Participações S.A., 20%; Camargo Correa Óleo e Gás S.A., 10%; Uniduto Logística S.A., 10%. O capital social da nova companhia será, inicialmente, de R$100 milhões.
A Logum Logística S.A. será a responsável pela construção, desenvolvimento e operação do sistema (logística, carga, descarga, movimentação e estocagem, operação de portos e terminais aquaviários) que envolverá poliduto, hidrovias, rodovias e cabotagem.
Com investimentos de R$ 6 bilhões, oSistema Multimodal de Logística de Etanol terá aproximadamente 1.300km de extensão e atravessará 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso à Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo. Parte deste sistema integrado será composto por um duto de longa distância, entre as regiões de Jataí (GO) e Paulínia; o primeiro trecho entre Ribeirão Preto e Paulínia, até então sob responsabilidade da PMCC SA, teve inicio em novembro passado com as primeiras contratações de serviços, projetos e instalações.
O empreendimento será integrado ao sistema de transporte hidroviário existente na bacia Tietê-Paraná. Os comboios de transporte, compostos pelas barcaças de cargas e os barcos empurradores, serão construídos e operados pela Transpetro. A Transpetro deverá também operar os dutos do sistema a serviço da Logum Logística S.A.
A combinação dos modais dutoviário e hidroviário tem como finalidade a racionalização do processo de transporte do etanol, com menores custos. O sistema integrado se estenderá por uma ampla malha de dutos até Barueri e Guarulhos, na grande São Paulo, e Duque de Caxias (RJ). A partir destes terminais, o etanol será levado diretamente aos postos de combustíveis por meio de transporte rodoviário de curta distância.
Para garantir que o etanol chegue a outros mercados no território nacional, por meio da cabotagem, o sistema de escoamento alcançará terminais marítimos nos litorais de São Paulo e Rio de Janeiro. O sistema levará agilidade ao processo de exportação do etanol. Hoje, a maior parte do produto é transportada até os portos através de caminhões.
O projeto, quando concluído, terá uma capacidade instalada de transporte de até 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano. Mais de 10 mil empregos diretos e indiretos serão gerados. Parte dessa mão de obra será recrutada nas regiões do entorno.
A maior parte do sistema será construído utilizando as áreas de passagem de dutos já existentes. Essa medida vai beneficiar com um menor impacto as populações locais e a vegetação nativa. Além disso, o projeto irá reduzir o tráfego nas grandes rodovias e nas áreas de grande circulação de veículos dos centros urbanos. Essa característica do novo sistema proporcionará a redução do número de caminhões em rodovias e o menor desgaste das estradas, maior segurança e agilidade e menor emissão de poluentes.