Comentário Geopolítico
Assuntos : Venezuela, Petróleo, Até quando vamos Tolerar?, Projeto Nacional
É fácil entender as raízes da crise venezuelana, a dependência quase total dos lucros do petróleo mostrou sua fragilidade quando, por conta da nacionalização, técnicos especializados voltaram para os EUA que pressionou em prol de seus interesses, ao mesmo tempo que o petróleo baixava de preço. O país, que quase já não produzia nada piorou, ainda com o tabelamento à moda do Sarney e quando o petróleo não mais pode sustentar a importação sabemos no que deu. A crise econômica, juntamente com a inépcia e a corrupção dos governos bolivarianos, conduziu a decadência moral e abriu as portas ao narcotráfico. O apoio de países hostis aos EUA, principalmente a China, a qual disfarçando seu interesse pelos recursos naturais, se apresenta como uma amiga generosa, anima o partido do governo a resistir á insatisfação geral.
É difícil imaginar uma solução pacífica para a crise, não fosse a pressão norte-americana contra o governo nem o auxílio ao governo por parte dos chineses e russos, os venezuelanos já teriam resolvido por si a crise política, a custo talvez de uma guerra civil, mas juntando os dados da crise venezuelana com os do Iran percebe-se potencial para um conflito maior, tendo o petróleo como pano de fundo.
Mesmo não havendo uma solução pacífica é impensável que uma escalada possa conduzir a uma nova Guerra Mundial. Impensável, mas pode até acontecer. Não há sinais de os EUA deixem impunemente seus inimigos sustentarem econômica e militarmente o governo bolivariano nem que a China e a Rússia estejam dispostas a desistir da posição estratégica e dos recursos naturais do país sul-americano.
Pode ser imaginado como cenário mais provável uma guerra por procuração, nominalmente entre as duas facções da Venezuela.
O envolvimento direto favorito dos EUA seria o apoio aéreo, o que enfrentaria um ainda não comprovado arsenal antiaéreo “cedido” ao Maduro por seus apoiadores, o que é um fator de inibição, mas se os EUA se engajarem firmemente no conflito a vitória americana é certa.
No Oriente Médio, no Extremo Oriente e no resto do mundo, mil cenários podem ser levantados. A única consequência previsível é que, iniciada qualquer conflagração o preço do petróleo subirá. Não duvido que volte a US$ 100,00 o barril.
Má hora de vender os ativos da Petrobras. Boa hora de comprar ações
Observação sobre o petróleo
A Venezuela simplesmente se desmantelou e mesmo sendo detentora da maior reserva do planeta está produzindo pouco mais de um milhão de barris diários, menos do que nosso Brasil. A Rússia sofre boicotes do Ocidente por causa da anexação da Crimeia. A Líbia enfrenta uma guerra civil, cujo desfecho deve demorar. Nenhuma das situações acima aparenta ter resolução fácil. A produção tende a diminuir e quanto menor for, maior será o preço. Um moderador poderia ser Arábia Saudita, como já aconteceu antes, quando derrubou a cotação causada pelo boicote da OPEP, mas agora ela tem interesse em ver o preço do petróleo nas alturas, mesmo tendo que reduzir sua produção. O Irã, prejudicado pelo bloqueio referente as idas e vindas do tratado de moratória nuclear com os EUA, prepara-se para reagir.
Considerando precedentes históricos, Washington, se decidir agir, montaria uma ação de bandeira falsa no estilo da de Tonkin, mas certamente o Iran tentaria cortar o Estreito de Ormuz o que reduziria em 25% o transporte mundial de petróleo. Conforme os acontecimentos os preços do petróleo poderiam subir para mais de US$500 ou mesmo a US$1000 por barril. O preço dos derivados iniciariam uma reação em cadeia e mesmo uma guerra que ninguém garante se seria localizada ou escalaria para uma guerra mundial.
Felizmente este não é o cenário mais provável; de qualquer forma devemos nos preparar para defender nossa neutralidade.
A Globo, especialista coloca invasor como “vítima” em caso de invasão.
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Alguém não sabia? – A sabotagem dos EUA contra o Brasil teve o aval de FHC
Do Wikileaks: A Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel antinacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira.
OBS: Por “pressão” do governo norte-americano, Fernando Collor havia rejeitado excelente oferta russa de transferência total de tecnologia espacial para o Brasil, através da Elebra e fechara negócio com a Orbital americana, desviando para essa empresa os US$ 18 milhões que seriam usados no programa para o desenvolvimento do VLS.
Até quando vamos tolerar?
As incríveis despesas do STF causam horror a quem toma conhecimento. Não é apenas das decisões beneficiando os bandidos e os corruptos que o povo está reclamando, mas sobre o incrível número de funcionários por ministro: são em média 222 para cada ministro do STF.
RecenTemente, no rastro das decisões mal recebidas pela população, chamaram atenção as despesas exageradas que foram mais de R$ 1,6 bilhão com combustível, pedágios, manutenção, aluguel e locação de veículos. Recentemente o STF fez um pedido de R$ 1,134 milhão para compra de lagostas, camarões e vinhos caríssimos.
Naturalmente todos os que tomaram conhecimento de tais mordomias se mostraram indignados e a indignação foi ampliada pela percepção geral de que esse alto órgão tem prejudicado a verdadeira justiça.
Pior para o STF pois a difusão desses sentimentos pelas redes sociais pode ser muito danosa à manutenção de sua existência.
Um projeto nacional
Os governos posteriores à democratização nunca tiveram um projeto nacional, nem tampouco interesse nisto. Discutia-se o assunto sim, na Escola Superior de Guerra, mas não nas esferas governamentais. Houve mudanças? É incontestável que o Presidente Bolsonaro se esforça por corrigir os desvios mais evidentes dos governos anteriores, mas qual o projeto?
O discurso do presidente é claro: não é ele o Projeto – o Projeto é o Brasil, mas construir a Pátria que o povo quer só será possível com objetivos intermediários: Acabar com a corrupção, livrar o Brasil das forças que atrasam o país.
Ele percebe apoio não só nos aliados militares, nos grupos religiosos, nos núcleos de direita, nas massas sedentas de orgulho nacional, de seriedade, de respeito a família e a propriedade, de menos leis regulatórias e de desburocratização, mesmo enfrentando as calunias de uma mídia venal.
Ele está indo bem. Vamos apoiá-lo
Temos mais do que esperança, temos confiança no Governo Bolsonaro.
Que o Todo Poderoso ilumine seu caminho
Gelio Fregapani