“Na guerra, só dá certo o que é simples.”
Napoleão Bonaparte
Não acreditamos que o problema da Segurança Pública possa ser bem equacionado tendo a testa um comunista que propõe o desarmamento e a não resistência, ou seja: o acovardamento, mas não há problema sem solução e como na guerra e em quase tudo os planos mais simples dão os melhores resultados.
Vejamos como poderia ser no caso da Segurança Pública pois é necessário pensar e agir. Seguindo o gráfico de Pareto, verificamos o crime que mais afeta o dia a dia do cidadão é o assalto, na rua, no ônibus, nas casas, nas lojas onde a principal motivação é conseguir dinheiro para comprar drogas.
Duas medidas para conter esse tipo de crime saltam aos olhos: uma delas é o porte de armas para as pessoas de bem incentivando a reação. Assim que as vítimas e demais transeuntes comecem a reagir sistematicamente, 90% dos bandidos abandonam a prática, pois não compensará mais. A expectativa da não resistência é que estimula os bandidos mais prudentes, que são a maioria. Bem, não é com esse ministro campeão do acovardamento que isto pode ser feito. Resta-nos apenas especular o inconfessável motivo que o move, já que certa vez, a pedido de um assessor dele, lhe dei alguns ensinamentos sobre o manejo de armas.
A segunda medida envolve drogas: todos sabem que a fraqueza de uma corrente é a do seu elo mais fraco e que a produção das drogas, no estrangeiro, está fora do nosso alcance bem como os cartéis e os grandes traficantes, estes encastelados no próprio Congresso. Os médios e pequenos traficantes são descartáveis, facilmente substituíveis e não adianta prendê-los ou eliminá-los. O único elo que podemos neutralizar é o usuário, taxando-o com pesadas multas ou com trabalhos forçados, se não tiverem como pagar. Prisão simples não resolve nem haveria lugar. Deixemo-la para os transgressores mais perigosos.
Claro que teríamos que mudar a Lei que isenta os usuários de castigo, mas isto é fácil de fazer e teria o apoio e aplauso da população. Haverá quem diga que trabalho forçado é inconstitucional. Ora, se a Constituição não pudesse ser mudada ainda teríamos a escravidão.
É simples assim, mas para programar exigirá lucidez, espírito público e coragem. Talvez exista no ano que vem.
Estamos sendo lesados por um governo que concentrou esforços na delapidação do patrimônio nacional.
O apoio da mídia foi comprado pelas grandes petroleiras para desmoralizar a Petrobrás e o pré-sal. Em 2008 os artigos diziam: “O pré-sal só existe na propaganda do governo e que no mundo isto havia sido pesquisado sem sucesso.” Em 2009, já reconheciam que “O pré-sal existe, mas afirmavam que a Petrobrás não teria tecnologia para retirar petróleo nestas profundidades e que “a Petrobrás precisaria de apoio tecnológico de outras petroleiras”. A Petrobrás desenvolveu suas tecnologias sem apoio externo e mostrou ser possível extrair petróleo no pré-sal.” Em 2011 já se reconhecia que a Petrobrás poderia retirar petróleo no pré-sal, mas o custo seria muito alto e que o negócio era economicamente inviável. A Petrobrás ganhou muitos prêmios internacionais e diminuiu o custo de extração a um nível que nenhuma grande petroleira conseguia chegar. Viabilizou o negócio. Evidentemente, este fato criou um pânico na mídia. E agora, o que podem fazer mais?
Greenwald noticiou que houve negociações do governo Temer para entrega do pré-sal e da Petrobrás para o cartel multinacional. Soubemos também pelas conversas de Serra com a Chevron, detalhadas pela Wikileaks. Mais recentemente, foi revelado no jornal “The Guardian” que o lobby montado pela Shell conseguiu leis absurdamente favoráveis ao cartel como a renúncia fiscal de R$ 1 trilhão em 25 anos além da liberação da exigência do conteúdo nacional, matando o desenvolvimento industrial por falta de encomendas e transferindo empregos e renda para o exterior.
A corrupção dos políticos colocados na direção da empresa serve de pretexto para o desmonte da estatal, como se a privatização solucionasse tudo, sem pensar que este governo está desnacionalizando a Petrobras.
Privatizar irracionalmente não significa, necessariamente moralizar, mas certamente significa desnacionalizar e que sem a Petrobras o nosso País não passará de uma potência de terceira classe, pior ainda; as desnacionalizações disfarçadas de privatizações não se limitam à Petrobras mas abrangem grande faixa de empresas estratégicas: já foram privatizadas a Vale e a Embratel e estão na mira a Eletrobrás (hidrelétricas) as estradas, as terras férteis, as matas e muito mais.
Este governo entreguista ainda tem quase um ano para desmanchar o nosso País. Depois…
O capitão Bolsonaro, candidato a presidente, precisa estudar muito bem os seus conceitos sobre privatização e deixar de fora do processo os setores estratégicos do Estado, como geração de energia elétrica, por exemplo. Países desenvolvidos mantém esse setor estatizado. A sanha privatizante do seu assessor de economia tem de ser muito bem controlada, sob pena de nunca sermos um país soberano.
Bolsonaro, como militar, entende muito bem o significado do que é estratégico para o país.
A Jogada Maquiavélica de Temer
Vamos reconhecer, foi uma jogada de mestre o nomear um general para combater a criminalidade no Rio. Com isto adiou a derrota de sua proposta sobre a Previdência Social, desviou a atenção das Forças Armadas indignadas com a desnacionalização dos meios de produção, mostrando que está fazendo algo pela Segurança Pública e que não seria necessário um Bolsonaro para isto, pois de um governo com o Aloysio Alves como chanceler e ministros como Helder Barbalho e Moreira Franco pode-se esperar medidas espertas politicamente. Se não der certo a culpa é do Exército e o Governo não terá nada a perder. Dando mais ou menos certo poderá até faturar politicamente, mas deverá tomar cuidado com a possibilidade de a intervenção ter tal sucesso que se diga “os milicos é que resolvem”
Facilmente o governo evitará que isto aconteça impedindo uma retaguarda jurídica aos militares que dispararem uma arma.
Que Deus nos inspire nas ações que certamente teremos que enfrentar
Gelio Fregapani