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Comentário Gelio Fregapani – Premissas

1ª Premissa – Não há problema sem solução, nem solução sem defeito             

2ª Premissa – Na guerra (e em tudo mais) só dá certo o que é simples

Se fizéssemos uma enquete sobre os problemas que mais preocupam as pessoas no nosso País, certamente figurariam entre os principais: o desemprego e a falta de segurança além do medo da Covid-19. Com esse último já bastante equacionado podemos nos concentrar nos demais.    

Vejamos hoje o drama do desemprego e os bolsões de miséria que ele causa: em primeiro lugar reconheçamos que na medida em que a industrialização e a robotização forem substituindo o trabalho humano o desemprego tende a aumentar apesar do aumento momentâneo da produtividade, mas a massa de despedidos não terá renda para comprar os bens produzidos e diminuindo assim a demanda. Com a demanda reduzida não haverá motivo para o aumento da produção, criando um círculo vicioso que não tem como dar certo.

O problema, portanto, não residirá na escassez de alimentos nem de bens, mas sim de mercado; ou seja na ausência de poder de compra pela população.

As medidas sociais do tipo Bolsa Família ou Auxílio Brasil podem atenuar alguns dos efeitos maléficos do desemprego massivo, mas não oferecem uma solução.

A formula melhor sucedida para o enfrentamento do desemprego foi o do New Deal do Presidente Rosewelt, que consistiu em aumentar os salários, mas só deu certo pelas compras da Inglaterra na guerra e por poder imprimir dólares a vontade. Fora daquela conjuntura não como ser repetido nem copiado por ninguém.

Ainda que não vislumbremos a solução a longo prazo, o ouro do nosso abençoado território amazônico nos oferece uma solução imediata, que se não é eterna é, pelo menos, perfeitamente adequada ao nosso momento presente: o garimpo, bem orientado e bem conduzido.

É simples: chega parar de perseguir os garimpeiros que centenas de milhares se dirigirão imediatamente para as áreas já conhecidas e descobrirão outras tantas. Serão criados uns quantos empregos indiretos de diversos fornecedores, cozinheiras, transportes,  negociantes e outros . Os garimpeiros que bamburrarem (acharem muito ouro) tendem a formar novos empreendimentos ou a esbanjarem suas fortunas, o que é uma forma de distribuição de riquezas.

O comércio em geral ficaria imediatamente revigorado, embora com alguma inflação, mas o País conseguiria divisas para pagar suas dívidas, para comprar máquinas que aumentem a produção, comprar máquinas que fazem máquinas e até cérebros que criam essas últimas. Nossas fronteiras seriam povoadas afastando definitivamente as ambições estrangeiras e o nosso País teria o mesmo impulso que os EUA tiveram quando descobriram o ouro da Califórnia.
 
Se tudo seria tão bom assim, por que não e faz logo? – Bem, não há solução sem defeito. Temos que considerar que existe um poderosíssimo cartel internacional do ouro que evita a queda do preço do ambicionado metal impedindo que a produção ultrapasse o consumo, e para isto estabelecem cotas para as mineradoras, mas como é impossível combinar cotas para o garimpo, o cartel conta com as ONGs ambientalistas e indigenistas que “convencem” a Sociedade e mesmo o Governo a impedir a garimpagem, pela legislação e até pela força.

Para impedir que exploremos nossos recursos naturais. a partir do Governo Collor tem sido criadas, por inspiração das ONGs reservas ambientais e indígenas exatamente sobre as principais jazidas.

Caso em um rasgo de coragem o nosso País decidir soberanamente não mais cercear a garimpagem podemos esperar fortes pressões externas e internas para impedir as inevitáveis pressões à cultura indígena e os danos ambientais. Procurarão ocultar que a cultura indígena autêntica já evoluiu, pois hoje o mundo não comporá mais certas práticas tipo canibalismo e que nada há de mais poluidor do que a miséria. Até o aprimoramento do meio ambiente é função dos recursos disponíveis.

Além disto, como dizia  Bismark:

“RECURSOS NATURAIS DE POSSE DE NAÇÕES QUE NÃO PODEM OU NÃO OS QUEREM APROVEITÁ-LOS DEIXAM DE CONSTITUIR UMA VANTÁGEM E PASSAM A SER UM PERIGO PARA SEUS DETENTORES.”

Que Deus Todo Poderoso nos dê discernimento para entender oque convém ao nosso País e coragem para passar à ação.

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