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Cientistas militares exploram transferência de energia sem fio

Bindu Nair


O soldado americano está equipado com mais capacitações do que nunca. Essas capacitações vêm sob a forma de aparelhos mais novos e potentes, que resultam na necessidade de mais energia.

Atualmente, a energia é fornecida ao soldado em terra através da arrecadação de baterias, muitas delas recarregáveis. Um dos focos da Ciência e Technologia de Exército é entender como fornecer energia ao soldado e habilitar suas capacidades sem aumentar (o ideal é reduzir) seu fardo.

Para isto, o Exército dos Estados Unidos está explorando uma variedade de tecnologias e conceitos diferentes. Uma tecnologia empolgante que revela diferentes conceitos no fornecimento de energia para o soldado é a transferência de energia sem fio. O Exército dos Estados Unidos está alocando de 5 a 6 milhões de dólares para o avanço dessas tecnologias.

A energia sem fio poderá eliminar a necessidade de cabos volumosos, especialmente entre o capacete e o colete do soldado (onde as fontes de energia centralizadas podem estar). A energia sem fio também permite recarregar o equipamento sempre que o soldado entrar em uma “zona de recarga”, onde estão incluídos um veículo, algumas áreas com base operacional avançada, etc.

O Exército dos Estados Unidos financia o Instituto de Nanotecnologia para o Soldado, o ISN, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, conhecido como MIT, em Cambridge, Massachussets. Uma das várias descobertas do ISN é a invenção e o desenvolvimento de ressonadores magnéticos acoplados firmemente, que podem transferir energias elétricas a (relativamente) grandes distâncias.

Cientistas e engenheiros no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Engenharia do Soldado de Natick, ou NSRDEC, em Natick, Massachusetts, trabalharam nesse conceito com a empresa fundada por responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia do ISN, assim como seus concorrentes, para desenvolverem sistemas capazes de transferir sem fio a energia entre o capacete e o colete do soldado.

Essas atuais capacitações permitem que o soldado use uma bateria (Li-145) no colete ou torso para transmitir aproximadamente 5 Volts de energia para um capacete receptor com uma eficiência de aproximadamente 50 por cento. Programas atuais existem para aumentar essa eficiência. Como esperado, quanto menor a distância para a transferência da eletricidade, mais eficiente será esse processo de transferência.

O Exército dos Estados Unidos também está fazendo uso do trabalho executado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa. Um dos trabalhos é a recarga sem fio de itens múltiplos, simultaneamente. O Comando de Pesquisas de Tanques, Automotivas e de Engenharia do Exército dos Estados Unidos, conhecido como TARDEC, em Warren, Michigan, e o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Engenharia de Comunicações Eletrônicas Communications Electronics Research Development and Engineering Center, ou CERDEC, em Aberdeen, Maryland, ambos estão se expandindo nessas (e alternativas) tecnologias para aumentar a eficiência da transferência de poder em longas distâncias (15 m) de maneira que a recarga do soldado feita de seus veículos ou de áreas dentro de uma base de operação avançada seja possível.

O conceito é desenvolver um sistema futuro interoperacional para que a recarga orgânica do equipamento do soldado reduza os fardos tanto cognitivos quanto físicos do soldado em terra.

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