As Forças Armadas da China, as maiores do mundo em número de soldados, desenvolveram um fármaco capaz de manter seus soldados acordados e com energia suficiente durante 72 horas seguidas, informa neste domingo o jornal "South China Morning Post".
A droga, idealizada para missões especiais, leva o nome de "Águia Noturna" e foi apresentada em uma exposição sobre as conquistas da Academia Militar de Ciências Médicas, por ocasião do 60º aniversário.
A composição, o funcionamento e os possíveis efeitos colaterais do fármaco não foram revelados, dado o sigilo característico no meio militar chinês.
O acadêmico Wang Lin, em declarações à televisão estatal "CFTV", indicou que a droga foi expressamente idealizada para uso militar, pensando em atividades como operações de resgate em terremotos, inundações e outros desastres naturais que costumam castigar o país.
Nota DefesaNet
O domínio sobre o Sono – Uma vantagem que o comandante busca é que seus comandados consigam responder e operar quando for necessário no campo de batalha. O que ocorre é que a fadiga e o stress após algumas horas de operações começa a cobrar o seu preço. Outro fator que tem complicado são as operações noturnas. O uso em larga escala de meios de visão noturna pelas tropas permite aos comandantes planejar operações contínuas por longos períodos de tempo.
Os três fatores logísticos mais importantes no campo de batalha são: combustível, munição e tropas descansadas. Destes três o único que não há controle é o descanso das tropas.
As operações aéreas no Iraque e Afeganistão têm um padrão de 10 até 14 horas. Com várias operações de reabastecimento aéreo durante a missão.
Um período longo com grande estresse, muitas vezes recebendo instruções de vários centros de comando.
Há conhecimento de que tropas francesas operando em ambientes isolado e selados do ambiente externo, grandes galpões, operaram por períodos até maiores do que 72 horas.
Em submarinos a tripulação pode operar com confiabilidade por até 36 horas.
A Força Aérea Brasileira tem realizado estudos sobre o impacto de operações continuadas na tripulação. Desconhece-se o uso de fármacos nestes estudos.