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Brasil entra na corrida pelo lítio

Cláudio Motta


Fundamental em baterias, sobretudo nas usadas em computadores, celulares, máquinas fotográficas e relógios, o lítio, que também é largamente utilizado nas indústrias química e nuclear, chamou a atenção do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). As regiões consideradas promissoras nos estados do Rio, Minas Gerais e Espírito Santo receberão a primeira fase do projeto "Avaliação do Potencial de Lítio no Brasil" Especialistas esperam descobrir, além de possíveis extensões de áreas mineralizadas já conhecidas, novas áreas com potencial para a descoberta de depósitos.

De acordo com Vinícius Paes, coordenador das pesquisas, o projeto foi iniciado na região do Médio Jequitinhonha. Ficam exatamente nesta região mais de 90% das reservas de lítio conhecidas no Brasil. A estatal pretende aprofundar o conhecimento dos jazimentos de lítio e ocorrências do metal e o potencial de exploração do produto.

— O projeto configura-se em uma resposta do governo federal às necessidades criadas pela condição estratégica alcançada pelo metal lítio, o qual se constitui em um programa de investimento efetivo e de longo prazo — afirmou o pesquisador.

Desde agosto, os técnicos já estão em campo. O projeto é executado pelo Departamento de Recursos Minerais (Derem), da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais da CPRM. Técnicos da estatal ressaltam que a crescente demanda pelo lítio no mercado externo fez com que ele consolidasse o status de mineral estratégico para a economia mundial.

— O Brasil tem grande interesse em buscar fontes deste mineral que permitam impulsionar o desenvolvimento tecnológico e econômico do país — ressalta Valdir Silveira, chefe do Derem.

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