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BAJA SAE – Equipes da Poli USP e Federal de Pernambuco vencem

A equipe Poli Ciser Magnus, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli USP), venceu a 18ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, encerrada neste domingo, dia 25 de março, em Piracicaba, SP. A segunda colocada foi a equipe Mangue Baja 1, da Universidade Federal de Pernambuco, seguida por outra equipe da Poli USP, a Poli Ciser Fênix. A quarta colocada foi a equipe EESC USP 1, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP; e a quinta classificada foi também pernambucana Mangue Baja 2, da mesma universidade vice-campeã.

Com o resultado, os estudantes das equipes da Poli USP, Universidade Federal de Pernambuco e da EESC USP poderão representar o Brasil na Baja SAE Wisconsin, que será realizada pela SAE INTERNATIONAL de 7 a 10 de junho deste ano, nos EUA. O Brasil é tetracampeão na competição internacional, que reúne anualmente mais de 120 equipes de vários países.

Em Piracicaba, foram quatro dias de avaliações estáticas e dinâmicas que terminaram com enduro de quatro horas sob forte sol e muita determinação das equipes. A prova final começou às 10h e foi realizada numa pista de 2 km, cheia de obstáculos e dificuldades, que exigiram máxima resistência dos carros, chamados Baja SAE e construídos pelas equipes de estudantes.

“A sensação é do dever cumprido, porque foram muitos finais de semana sem dormir e ver a família”, comemorou o capitão da equipe Poli Ciser Magnus, Paulo Yamagata, do quarto ano de engenharia mecânica da Poli USP. Com 20 integrantes, a equipe apresentou um carro leve. “Investimos em diversas peças em materiais compósitos e isso garantiu eficiência e bom desempenho”, contou o capitão da equipe, que foi ainda considerada a melhor na prova de Avaliação de Projeto.

A equipe Mangue Baja 1 comemorou muito o segundo lugar, porque foi a melhor colocação obtida até hoje por uma equipe de Pernambuco na Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, na qual é veterana. “Foi resultado de um ano de trabalho duro, espírito de equipe e cumprimento de metas”, disse Diego Alexsandro Clemente Estima, também quartanista de engenharia mecânica. Para o capitão, um dos fatores que garantiu a confiabilidade do carro foi o projeto de suspensão traseira e dianteira, de autoria da equipe, que realizou o Melhor Enduro de Resistência. O carro fez 50 voltas em quatro horas de prova.

O carro da equipe Mangue Baja foi também um dos 15 projetos que atenderam ao desafio proposto pela competição: apresentar um sistema de reabastecimento automático de combustível, que evita vazamentos. Outra inovação tecnológica apresentada pelas equipes foi a adaptação de célula fotoelétrica para recarregar bateria e, consequentemente, reduzir o peso dos veículos.

Das 71 equipes inscritas, 62 compareceram à 18ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS. As equipes representaram 48 instituições de ensino, de Brasília e mais 15 Estados brasileiros – Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Realizada no Esporte Piracicabano de Automobilismo (ECPA), a competição homenageou as equipes em 9 categorias:

Melhor Avaliação de Projeto – equipe Poli Ciser Magnus, da Poli USP.

Melhor Aceleração – equipe FEI Baja 2, do Centro Universitário da FEI, SP.

Melhor Conforto – equipe FEI Baja 2, Centro Universitário da FEI, SP.

Melhor Enduro de Resistência – equipe Mangue Baja 1, Universidade Federal de Pernambuco, com 50 voltas.

Melhor Relatório de Projeto – equipe FEI Baja 2, do Centro Universitário da FEI, SP.

Melhor Tração – equipe Bombaja.UFSM 2, da Universidade Federal de Santa Maria, RS

Melhor Velocidade Máxima – equipe FEI Baja 2, Centro Universitário da FEI, SP.

Melhor Sistema de Reabastecimento – equipe Piratas do Vale, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus Guaratinguetá.

Melhor Suspension&Traction – equipe FEI Baja 2, Centro Universitário da FEI, SP.

Veículos – Os Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas e devem ser capazes de transportar pessoas com até 1,90m de altura, pesando até 113,4 kg e motor padrão de 10 HP. Os sistemas de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto.

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