Sete alunos do segundo ano de graduação em engenharia do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) desenvolveram o protótipo de uma luva que pode ajudar surdos-mudos e pessoas com dificuldade de fala a se comunicarem, através da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). A luva é acoplada a um software, que reconhece os movimentos em Libras e transforma a mensagem em áudio.
A invenção funciona da seguinte forma: a pessoa que está usando a luva executa, em frente a um computador, um dos movimentos em Libras, que é reconhecido pelo programa. Nesse momento, é acessado um banco de dados em que as palavras e frases estão cadastradas e a mensagem correspondente é “falada” pelo computador. Todo o processo foi criado pelos alunos, desde o software, até a gravação em áudio. O grupo, inclusive, teve aulas de Libras para desenvolver o projeto.
Segundo um dos alunos, Daniel Koda, de 20 anos, as questões técnicas já estão resolvidas, o próximo passo é estudar para melhorar a usabilidade da invenção. “A parte de engenharia funciona, agora nosso próximo passo é dialogar com pessoas com deficiência de fala para entender as necessidades delas. A ideia é eliminar o computador, que não seria prático no dia a dia, colocando um micro-sistema na própria luva”, explica Daniel.
O projeto, denominado Quiros – que significa luva em grego – chamou atenção na Indústria do Futuro, exposição em Belo Horizonte que fez parte das atividades da Olimpíada do Conhecimento. Segundo Luís Fernando Gonçalinho, outro membro da equipe, eles já foram procurados por instituições de apoio a pessoas com deficiência de fala para futuras parcerias. “Nós ficamos muito felizes em poder usar nosso conhecimento para melhorar a vida das pessoas”, afirma o aluno.