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Sistema Link-BR2 – AEL Sistemas, FAB e MB testam robustez e estabilidade do enlace de dados

Em campanha inédita, Forças Armadas e AEL Sistemas testam robustez e estabilidade do enlace de dados do Sistema Link-BR2

Comunicação tática criptografada de dados e voz é demonstrada na interação entre estação de comando e controle e caças da FAB, Embarcação da Marinha do Brasil e vetores de solo, demonstrando interoperabilidade entre as Forças.

A AEL Sistemas, em colaboração com a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha do Brasil, iniciou, em 19 de agosto 2024, uma campanha de ensaios em voo inédita para demonstrar a robustez e estabilidade do Sistema Link-BR2 durante uma sequência de voos de testes entre aeronaves e estações de comando e controle (C2). Os testes, que acontecem no Rio Grande do Sul, fazem parte da fase final de integração do sistema e representam um marco significativo na evolução das comunicações militares no Brasil, destacando a excelência tecnológica e a sinergia entre as Forças Armadas.

Os ensaios simulam cenários operacionais, verificando a compatibilidade de consciência situacional, através do compartilhamento de dados em altas taxas e em tempo real. O teste confronta as informações lidas através de sensores das aeronaves F-5M e apresentadas no cockpit do piloto, com os dados por ele compartilhados e lidos pela segunda aeronave e a estação de C2. O objetivo é validar que todos os participantes da rede compartilhem o mesmo Quadro Operacional Comum (COP –Common Operational Picture), ou seja, que visualizem o mesmo contexto em uma operação.

Concomitantemente, foi verificada a voz digital segura do Link-BR2, um salto na qualidade das comunicações, apresentando clareza e qualidade da comunicação entre os participantes da rede Link-BR2. “Esta campanha evidencia o nível de maturidade atingido pelo sistema, onde, baseado nos requisitos da FAB para prover uma comunicação rápida e segura, todos os membros terão acesso a uma eficaz troca digital de dados. A resultante é habilitar a FAB e as demais Forças a operarem no conceito de Guerra Centrada em Rede (NCW – Network Centric Warfare), integrando os diversos domínios e garantindo uma vantagem estratégica no cenário de combate”, como explica o Coronel Aviador R1 Fernando Mauro Medardoni, Gerente Operacional do Link-BR2 na AEL Sistemas

A campanha tem por objetivo ainda, verificar limites de alcance do sistema, evidenciando a versatilidade e compatibilidade do sistema quando empregado em um país do tamanho do Brasil.

Interoperabilidade

Os voos também demonstraram a possibilidade de interoperabilidade entre as Forças, por meio da troca de mensagens táticas entre o data Link STERNA (Sistema Tático de Enlace de Radiofrequência Naval), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) e o Link-BR2, empregando o Multi Data Link Processor (MDLP), desenvolvido pelo Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV). A partir do rebocador de alto-mar “Tritão”, situado na região do 5º Distrito Naval em Rio Grande (RS), os militares embarcados puderam compartilhar sua consciência situacional com o Sistema Link-BR2, em Canoas (RS), e vice-versa. Além disso, foi possível que os militares presentes na embarcação tivessem a visualização dos dados dos sensores das aeronaves, bem como da síntese regional dos radares de vigilância terrestre da Força Aérea. Isto possibilitou que todos os participantes do cenário compartilhassem a mesma figura operacional conjunta.

Vetores terrestres foram adicionados à demonstração de capacidade, onde participantes de um cenário operacional localizados no solo, foram incluídos à rede tática do Link-BR2, fazendo com que o vetor terrestre pudesse trocar mensagens com os vetores aéreos e navais, compartilhando o mesmo quadro operacional comum estabelecidos pelos demais domínios formando uma rede multidomínio interforças, transmitindo informações táticas do campo de batalha.

“A campanha, acrescida da demonstração de capacidade, salienta a prontidão tecnológica do Brasil em liderar o desenvolvimento e integração de soluções focados na Guerra Centrada em Redes (NCW – Network Centric Warfare) e demonstrou a viabilidade da integração de sistemas desenvolvidos no Brasil, no âmbito do Ministério da Defesa, como o Link-BR2, STERNA e MDLP, desenvolvidos pela Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil. Além disso, em breve, o cenário poderá contar também com o RDS-Defesa, desenvolvido pelo Exército Brasileiro” Esclarece Leonardo Vegini, Diretor de C4I da AEL Sistemas.

Link-BR2

O Link-BR2 é um sistema de C4I (Comunicação, Comando, Controle, Computação e Inteligência) tático desenvolvido pela AEL Sistemas para a Força Aérea Brasileira, projetado para oferecer comunicação, comando e controle de forma segura, confiável e interoperável em ambientes operacionais de alta complexidade. O Link-BR2 utiliza criptografia no estado da arte para proteger as informações e garantir que elas sejam acessíveis apenas a usuários autorizados. O sistema suporta múltiplos modos de comunicação, incluindo voz e dados, e foi projetado para operar eficazmente em condições adversas, como um cenário de batalha.  O sistema foi desenvolvido pela AEL Sistemas em parceria com a Kryptus Defesa e Segurança e a Aeromot Aeronaves. O Link-BR2 também se encontra em fase final de integração com a Aeronave F-39 Gripen em parceria com a empresa Sueca SAAB.

Sobre a AEL Sistemas 

A AEL Sistemas é uma empresa brasileira que, há 40 anos se dedica ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas eletrônicos militares e espaciais, para aplicações em plataformas aéreas, marítimas e terrestres. Atualmente, participa do desenvolvimento de diversos Projetos Estratégicos das Forças Armadas do Brasil e dos principais programas de Comando e Controle do Ministério da Defesa, como: LinkBR2, STERNA, SIC2MB e RDS Defesa. Atualmente, a empresa é considerada um Centro de Excelência em Tecnologia de Defesa.

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