A aeronave KC-30 decolou na tarde desta quinta-feira (16/05) da Base Aérea de Brasília para a Base Aérea de Canoas
Agência Força Aérea, Tenente Gabrielle Varela
Uma aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea de Brasília (BABR), na tarde desta quinta-feira (16/05), para a Base Aérea de Canoas (BACO), com 30 toneladas de itens de frio, entre eles, mais de seis mil cobertores e 250 caixas com agasalhos para adultos e crianças doados por meio da campanha “Todos Unidos pelo Sul”.
Os “Voos do Calor Humano” são um desdobramento da campanha de arrecadação da FAB, onde serão transportadas mais de 100 toneladas de cobertores e roupas de frio, para atender à necessidade imediata da população do Rio Grande do Sul, em razão da contínua queda de temperatura na região.
Todo material doado foi acondicionado em caixas que lotaram o compartimento de carga e ocuparam as poltronas da aeronave do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário.
“Este é um voo humanitário que visa atender as vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul e, em particular com agasalhos e cobertores, já que a temperatura na região está caindo. Ficamos satisfeitos em poder participar e realizar esses voos, levando os materiais que a população do Brasil inteiro tem doado. Vamos continuar enquanto for necessário”, afirmou o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Marcos Fassarella Olivieri.
O pouso na Base Aérea de Canoas está previsto para 20h30 desta quinta-feira.
FAB transfere gerador e restabelece fornecimento de água no interior do RS
Um helicóptero H-60L Black Hawk do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAV) – Esquadrão Pantera – realizou, na quarta-feira (15), uma complexa missão de substituição de gerador no município de Cachoeira do Sul (RS), que tinha bairros já há três dias sem abastecimento de água potável. O nível da água da enchente cobriu a subestação elétrica que fornece energia para as bombas de retirada, tratamento e abastecimento da cidade. Assim, um gerador que era usado na captação de água também foi atingido e ficou danificado.
Após receber a demanda na terça-feira (14), o Esquadrão iniciou o planejamento da missão que deveria acontecer por meio de transporte de carga externa. “O gerador tinha em torno de três toneladas e meia, um peso que fica próximo do limite da nossa aeronave. E para o gerador novo chegar ao local era necessário que o antigo que deu defeito fosse retirado. Como está tudo alagado na região, a única maneira de restabelecer o sistema de água era por meio de uma operação conjunta com a empresa de saneamento”, conta o Major Aviador Yuri Carneiro de Souza, um dos responsáveis pelo planejamento e execução da missão.
Para que o gerador fosse içado, foi necessário abrir o teto da estrutura que já estava danificada pelas chuvas e não poderia ser utilizada como apoio. “O gerador tinha mais de três metros de comprimento e, com o recorte da laje, tínhamos aproximadamente 80 centímetros de margem pra cada lado. Então, ressalto a importância do planejamento pela complexidade da missão e também o treinamento e o profissionalismo dos militares da equipe. Era necessária uma perícia muito maior considerando todos os fatores, como a amarração, o içamento, a área alagada, a estrutura danificada e o próprio vento do helicóptero que poderia desestabilizar os homens de resgate”, explica o Major.
“Mas nós sabíamos da importância da missão para a cidade. Então fizemos o planejamento considerando diversos fatores de segurança para mitigar todos os riscos. Foi uma missão muito marcante pelo elevado nível de grau técnico e pelo impacto que teve para aquela população”, conclui o Major Yuri.
Esta foi a segunda missão de transporte de gerador como carga externa realizada pelo Esquadrão no contexto da Operação Taquari 2. A outra aconteceu no município de Agudo (RS).
Transporte de equipes e mantimentos
No mesmo dia, o Esquadrão Pantera realizou uma missão de retirada de militares de um Pelotão de Fuzileiros Blindados do Exército Brasileiro na região da Quarta Colônia, região central do RS. O pelotão realizou missões de reconhecimento de área, identificação de moradores locais, atendimentos pré-hospitalar em casos emergenciais, suprimento de medicamentos de uso controlado com necessidade imediata, distribuição de cestas básicas em regiões isoladas e abastecimento de combustível em regiões que há energia elétrica só com uso de gerador. Ainda na mesma missão, a tripulação do H-60L Black hawk da FAB entregou cestas básicas, medicamentos e combustível em áreas que haviam sido identificadas pelos militares do EB.
Todos Unidos pelo Sul
A FAB tem atuado em diversas frentes no apoio às vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. As ações iniciaram no dia 30 de abril, com resgates de pessoas ilhadas, e estendem-se a atendimentos de saúde, transporte de equipes de resgate e materiais, campanha de arrecadação de donativos, coordenação de meios aéreos e outras.