França e Alemanha assinaram nesta sexta-feira um acordo para desenvolver o protótipo do MGCS, o ‘tanque do futuro’, também conhecido como MGCS (Main Ground Combat System). O procotolo compartilha em 50% os trabalhos entre os fabricantes dos dois países. Este acordo marca o início da fase de desenvolvimento de um protótipo para o MGCS.
O MGCS é um projeto emblemático de cooperação entre os dois países europeus e é destinado a substituir os tanques Leclerc francês e Leopard alemão até 2040.
O MGCS será um “sistema de sistemas”, incorporando avanços tecnológicos significativos, incluindo inteligência artificial, drones e lasers. O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, descreveu o MGCS não como o “tanque do futuro”, mas sim como o “futuro do tanque”.
O acordo também estabelece uma divisão de trabalho igualitária entre os fabricantes dos dois países. Isso significa que tanto a França quanto a Alemanha terão participação igual no desenvolvimento do protótipo.
Este projeto é um marco significativo para a cooperação europeia na política de defesa. No entanto, vale ressaltar que houve tensões entre os dois países sobre alguns detalhes. Apesar disso, o acordo assinado é um testemunho do compromisso mútuo de França e Alemanha em avançar juntos na área de defesa.
O Main Ground Combat System (MGCS) é um projeto lançado em 2017 por Alemanha e França, com o objetivo de substituir seus atuais tanques de batalha principal (MBT) Leopard 2 e Leclerc. Aqui estão algumas das especificações técnicas conhecidas do MGCS:
- Tipo de Sistema: O MGCS não será um único veículo blindado de combate, mas uma série de sistemas concebidos em torno do referido veículo.
- Fabricantes: Será desenvolvido e fabricado pela KNDS (uma holding fundada em 2015 pelo produtor de armas alemão KMW e a empresa de defesa francesa Nexter Systems) e Rheinmetall, que se juntou ao projeto em 2019.
- Requisitos de Capacidade: A lista de requisitos de capacidade para o futuro Main Ground Combat System (MGCS) é longa. Ele deve detectar e identificar ameaças à distância, melhorar a proteção da tripulação, aumentar o poder de fogo e a mobilidade, entre outros.
- Desafios Tecnológicos: Muitos desafios tecnológicos terão que ser superados. Isso inclui avanços significativos, incluindo inteligência artificial, drones e lasers.
- Produção: A primeira unidade de produção deve sair da linha de montagem em 2035.
O armamento previsto para o Main Ground Combat System (MGCS) é bastante avançado e inclui:
- Arma Principal: A arma principal do MGCS será um canhão. A Nexter, uma das empresas envolvidas no projeto, mencionou que o canhão será capaz de acomodar munições inteligentes futuras capazes de atingir alvos em alcances além da linha de visão (BLOS/NLOS).
- Arma de Energia Direcionada (DEW): Em algum momento, espera-se que o arsenal do MGCS inclua uma Arma de Energia Direcionada (DEW). As DEWs são sistemas que emitem energia altamente focada para danificar ou destruir alvos inimigos, como drones ou mísseis1.
- Efeito Guiado Hipersônico: Este tem sido discutido como uma potencial arma anti-tanque para o MGCS desde 2019. O projétil hipersônico é visto como um meio de superar a armadura reativa, bem como os Sistemas de Proteção Ativa (APSs).
Nota: essas são as especificações conhecidas até agora e podem estar sujeitas a alterações à medida que o projeto avança.