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Akaer avança no projeto do veículo lançador de satélites VLN AKR

Arte do projeto do Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLN AKR)

Akaer, empresa brasileira líder em inovação nos setores de Defesa e Aeroespacial, concluiu com sucesso a Fase A do projeto do Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLN AKR). Essa etapa marca um avanço do Brasil rumo à soberania no lançamento de satélites.

Nesta quarta-feira (18), a Revisão Preliminar de Requisitos oficializou o encerramento desta etapa inicial, confirmando que os prazos e objetivos foram cumpridos.

O programa VLN AKR é dividido em sete Fases: 0, A, B, C, D, E e F. As fases iniciais 0, A e B são focadas na elaboração do conceito operacional, dos requisitos do sistema e na identificação de soluções técnicas que cumpram a declaração de missão. As fases C e D compreendem as atividades de detalhamento e qualificação dos segmentos espacial e terrestre, e a fase E, as atividades relacionadas ao lançamento do veículo. Por fim, na fase F ocorrem o encerramento e documentação do projeto.

Durante a Fase A, foram validados o projeto conceitual e os requisitos técnicos. Agora, o projeto avança para a Fase B, dedicado às definições preliminares, que culminará com a Revisão Preliminar de Projeto (Preliminary Design Review – PDR).

“A conclusão da Fase A marca um importante avanço no desenvolvimento desse projeto que vai transformar o setor aeroespacial brasileiro. Estamos comprometidos em desenvolver soluções tecnológicas de ponta que consolidem o Brasil como um player estratégico no setor aeroespacial global”, disse Wilson Toyama, diretor da Unidade de Negócios de Lançadores e Sistemas de Armas da Akaer.

Inovações

O VLN AKR é fruto de uma parceria entre a Akaer e as empresas Acrux, BRENG e EMSISTI, com financiamento da Finep. O veículo está sendo concebido para ser leve e compacto, sendo capaz de inserir cargas úteis em órbita circular equatorial de até 450 km.

Seu projeto se destaca pelo uso de tecnologias avançadas, como:

  • Propulsores leves e motores fabricados com materiais compostos, que oferecem maior eficiência e redução significativa de peso.
  • Controle vetorial de empuxo para maior precisão – assegura que o veículo siga exatamente a trajetória planejada.
  • Arquitetura eletrônica compacta – garante a operação e controle do veículo lançador com peso e volume minimizados.

Essas tecnologias, todas desenvolvidos por técnicos nacionais, reduzem os custos de fabricação e operação, tornando o VLN AKR mais acessível e sustentável.

“Encerramos a fase de opções, na qual validamos o projeto conceitual e revisamos requisitos técnicos e funcionais. Agora, seguimos para a fase B, focados nas definições preliminares e na Revisão Preliminar de Projeto”, explica Wilson Toyama.

Representantes do consórcio VLN AKR durante a reunião que oficializou o encerramento da Fase A do projeto.(Foto Akaer)

Legado espacial

Com sede no Maranhão, a Acrux vai produzir os propelentes e fabricação de motores do VLN AKR em suas instalações. Essa iniciativa, inédita na região, impulsiona a economia local, gera empregos qualificados e transforma o estado em um polo aeroespacial estratégico para o país.

A BRENG Engenharia e Tecnologia é responsável pelo Sistema de Separação de Estágios, Sistema de Abertura da Coifa, Deployer do Satélite e Sistema de Terminação de Voo, todos essenciais para a segurança e eficiência das operações. A atuação da empresa é focada em soluções críticas que garantem o funcionamento preciso do veículo lançador.

Já a EMSISTI está desenvolvendo o computador de bordo e o software de gerenciamento de voo. A empresa trabalha com tecnologias avançadas, focada em hardware e software embarcados e se destaca pela atuação em satélites de Pequeno Porte (Cubesats, Nanossatélites e Microssatélites).

O projeto também conta com a colaboração de Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) e de profissionais altamente qualificados, incluindo especialistas que participaram de programas históricos do setor espacial brasileiro.

A previsão é que o primeiro lançamento do VLN AKR ocorra no primeiro semestre de 2027. Com isso, o Brasil busca se unir ao seleto grupo de apenas 13 países no mundo capazes de realizar lançamentos orbitais de forma independente.

Sobre Akaer

Com sede em São José dos Campos (SP), a Akaer possui uma trajetória sólida de 32 anos dedicada ao desenvolvimento de tecnologias de ponta para os setores Aeroespacial e de Defesa, estabelecendo negócios em mais de 20 países.

A empresa tem um longo histórico de cooperação com o Programa Espacial Brasileiro. Participou de todos os projetos de satélites da família CBERS (em parceria com a China), do AMAZONIA 1 e liderou a transferência de tecnologia do SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), produzido pela Thales Alenia Space (França) para o governo do Brasil.

Recentemente, a Akaer atuou no projeto do VCUB1, primeiro nanossatélite de alto desempenho 100% brasileiro, em parceria com a empresa Visiona.

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