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Twitter vira arma do Bope nas operações

Renata Monti

“Pede pra entrar”, diria o capitão Nascimento, personagem de Wagner Moura em Tropa de Elite, se soubesse do potencial das redes sociais para os órgãos de segurança pública. Mas foi o que fez na vida real o tenente-coronel Wilman René Alonso, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), quando vislumbrou no Twitter um novo meio de interação rápida com a comunidade. Desde março, o grupamento divulga suas operações pelo perfil @Real_BOPE_RJ, incluindo confrontos com traficantes em áreas em fase de pacificação, como é o caso do Morro da Mangueira, que receberá a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em breve.

— Nosso objetivo foi criar um canal de comunicação com a população usuária desse tipo de rede social, de forma rápida e direta. E isso inclui as incursões em comunidades— explica o comandante.

Responsável por acompanhar as operações “in loco” e mandar tweets em tempo real, a tenente Marlisa de Oliveira Amorim garante que a adrenalina é grande a cada post. Entre as ações mais recentes divulgadas pela rede social, estão as ações nos morros da Mangueira, Tuiuti e Pedreira.

— Você está no meio de uma operação policial e isso envolve a segurança de pessoas. Sempre que informamos é pensando nisso. O Twitter do Bope é institucional — esclarece Marlisa.

Assim como o Bope informa através do microblog, a comunidade também envia pistas de suspeitos. Eventos nas comunidades também são divulgados pelo Twitter. O post de maior repercussão foi o que anunciava a presença de Ronaldo Fenômeno no II Torneio da Pacificação no Morro da Mineira, no dia 30 de abril.

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