Com o retorno das atividades não essenciais, empresas estão estabelecendo processos para a reabertura de suas organizações. No entanto, trazer as pessoas de volta aos escritórios e locais de trabalho não é uma tarefa simples, mas a tecnologia pode ajudar neste processo.
Algumas pessoas poderão continuar trabalhando em casa ou com um esquema híbrido de trabalho presencial e remoto, mas outras terão que retornar aos escritórios.
Para isso, as organizações podem optar por ferramentas digitais para medição de temperatura, câmeras de vídeo que indiquem áreas onde há maior concentraçãode pessoas para dispersá-las e softwares para controle de horários de trabalho escalonados, reduzindo assim o tempo de permanência dos funcionários nos prédios.
Dados do MBA de Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV), estima em 30% o crescimento da adoção de home-office no Brasil no pós-pandemia.
A tendência já existia e foi acelerada com a pandemia. O problema é que, muitas vezes, vemos este movimento acontecendo de forma não planejada, tendo impacto direto na segurança de computadores domésticos e corporativos.
Mas sabemos que algumas funções não podem ser realizadas remotamente. Para estes profissionais é possível implementar ferramentas de questionários diários, onde os funcionários respondem caso tenham sintomas de Covid-19, bem como software para localizar funcionários em tempo real para ter maior controle e eficácia em suas rotas, reduzindo assim o tempo que passam no escritório, na rua e em contato com outras pessoas.
“Todas essas soluções requerem o suporte de sistemas tecnológicos que incluam a segurança cibernética, já que uma grande quantidade de dados pessoais e confidencias estarão em circulação. Imagine o que pode acontecer se informações sobre estado de saúde de pacientes cairem nas mão de cibercriminosos? Não será apenas prejuízo financeiro, mas também de reputação para as instituições”, explica Dean Coclin, diretor sênior de Desenvolvimento de Negócios da Digicert.
Por isto mesmo é importante instruir toda a equipe de uma companhia. Veja abaixo três medidas que ajudarão na seguridade das organizações:
Proteger a rede
Uma rede hackeada pode significar acesso ao sistema por usuários não autorizados. Elimine essa chance controlando quem pode acessar a rede. Use a autenticação multifator (MFA) para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar sistemas controlados, como sua plataforma empresarial.
Afinal, a rede doméstica, quando comparada a uma rede corporativa, é geralmente menos segura porque há uma falta de Sistema de Detecção de Intrusão (IDS) e Sistemas de Prevenção de Intrusão (IPS) em um ambiente doméstico.
Verificar se os sites visitados são seguros
Ao navegar na web, seja em casa ou fora, certifique-se de visitar apenas sites autorizados. Navegadores diferentes têm identificadores exclusivos para mostrar se um site é seguro e autenticado. Olhe para a URL do site, se começar com “https” em vez de “http, significa que o site está protegido por um certificado SSL (o s significa seguro).
Os certificados SSL protegem todos os seus dados à medida que são passados do seu navegador para o servidor do site. Para obter um certificado SSL, a empresa deve passar por um processo de validação.
Proteger dispositivos físicos
Com o aumento do uso de dispositivos móveis, como smartphones, hackers concentraram seus ataques nesses dispositivos. De acordo com um estudo, nos primeiros nove meses do ano, o maior número de ataques a dispositivos móveis foi registrado no Brasil com 63,17%, seguido pelo México com 24,76%, Colômbia com 4,25%, Peru com 2,93%, Chile com 2,49% e Argentina com 2,41%.
A segurança cibernética e a segurança física são igualmente importantes. Mantenha seu espaço físico de trabalho seguro e armazene com segurança seus materiais de trabalho todas as noites. Não se afaste do computador com ele desbloqueado.
Se possível, tente usar apenas seu computador de trabalho para se conectar ao ambiente empresarial, em vez de usar seu computador pessoal. Além disso, não permita que membros da família usem seus dispositivos de trabalho.