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Reino Unido planeja investir 5 bilhões de euros no setor de defesa virtual

O Reino Unido divulgou que pretende investir 5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 317 bilhões, na cotação atual) para melhorar a segurança digital de seu território. Entre os planos, está a criação de uma Força Cibernética usada como resposta para ataques.

Com o constante crescimento de golpes virtuais, muitos países estão implementando a segurança digital como parte importante de suas infraestruturas, inclusive investindo tanto quanto costuma com outras frentes.

Em entrevista para o site The Telegraph, o secretário de defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse que o país não está com planos de só se preparar para ameaças, mas também para ter a capacidade de lançar ataques retaliatórios. A Força Cibernética e seus ataques retaliatórios teriam como alvos setores críticos, como operadoras de telecomunicação e usinas elétricas, de países com relação não muito boas com o Reino Unido, como a Rússia, a China e a Coréia do Norte.

O secretário completa afirmando que quer que o país seja um dos poucos no mundo que tenham capacidade de lançar esse tipo de ataque, assim desencorajando futuras tentativas de ataques. O novo centro de defesa digital do Reino Unido será construído em Samlesbury, Lancashire, e será comandado em conjunto pelo Ministério da Defesa e pelo Centro de Comunicações do Reino Unido.

Wallace acredita que até 2030 o novo órgão já estará em pleno funcionamento. Essa abordagem é a mesma que os Estados Unidos começaram a tomar recentemente, como resposta aos constantes ataques ransomware que vinham ocorrendo no país.

Retalhação virtual

Ainda na entrevista para o site The Telegraph, Ben Wallace revelou que o Reino Unido está sendo alvo de ataques virtuais feitos por outras nações diariamente, então uma resposta mais agressiva está entre os direitos estabelecidos nas leis das relações internacionais.

Um dos exemplos de ataques retaliatórios citados pelo secretário de defesa são operações para desestabilizar servidores usados em ataques de sequestro virtual (ransomware) ou outros tipos de vírus. Wallace complementa citando o incidente com o malware WannaCry, que deixou os servidores do Serviço nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) com sérios problemas durante semanas.

É importante notar que essa abordagem retaliativa não é novidade para o Reino Unido. Desde 2018, o país está lançando ataques contra o Estado Islâmico, pedófilos e grupos de cibercriminosos estrangeiros. Porém, com o investimento de £5 bilhões, fica claro que os governantes do país querem se proteger mais ainda no mundo digital.

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